O secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio Silva, revelou, ontem, no Lubango, província da Huíla, que estão a ser criadas as condições para a satisfação das reivindicações dos professores destes subsistema de ensino
O governante, que prestou essas declarações à imprensa, ao ser abordado sobre o regresso a greve, por tempo indeterminado, que havia sido suspensa em Novembro de 2022, afirmou que haver alguma complexidade nas negociações com o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior.
O Sindicato alega que se viu “forçado” a paralisar as aulas, a partir desta Segunda-feira, em função do resultado da ronda negocial do dia 17 do mês em curso, como previa e consta da acta da última negociação do ano passado (17 Novembro de 2022), não ter surtido o efeito esperado, conforme noticiou OPAÍS na edição desta Segunda-feira.
Eugénio Silva esclareceu, em declarações à imprensa, tratar-se de um processo negocial “complexo que envolve matérias muito delicadas e complexas”, cuja resolução não depende só do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Razão pela qual há o envolvimento de outros departamentos ministeriais que têm uma palavra a dizer. O secretário de Estado sublinhou que o processo de negociação precisa de ser encarado com muita seriedade e muita ponderação, sem perder de vista os recursos e as condições que o país pode oferecer para que possam ser satisfeitas reivindicações dos sindicatos.
“Não é só o Sindicato do Ensino Superior. Portanto, estamos a cuidar para que estas condições sejam criadas, mas é preciso considerar também o tempo como um factor importante nestas negociações”, garantiu. De realçar que em causa está a alegada “inversão” de prioridades de quatro pontos estruturantes, sem o pronunciamento do Presidente da República, enquanto Titular do Poder Exectivo, sobre a matéria, concernente aos salários condignos e seguro de saúde, sendo recorrente a morte de vários docentes por precariedade de assistência médica e medicamentosa.