Os partidos políticos na província da Huíla, nomeadamente o MPLA, UNITA, PRS, PRA-JA e o Partido Liberal, mostraram-se, no princípio da tarde de ontem, estar em sintonia com o Governo na busca de soluções para os principais problemas sociais
A debilidade no fornecimento de água, a falta de saneamento básico em alguns municípios da Huíla e a falta de transparência no processo que culminou com a elevação de nove comunas à categoria de município constam do leque de assuntos abordados ontem, durante um encontro entre as formações políticas e o Governo Provincial da Huíla.
À saída do encontro, o secretário provincial da UNITA local elogiou a iniciativa do governador provincial, a de incluir todos os actores políticos no processo de solução destes e outros problemas. Augusto Samuel disse que apresentou ao Governador as principais dificuldades que ainda assolam alguns municípios do norte da província, tendo reiterado a perda do poder de compra no seio das famílias e fraco saneamento em algumas zonas periféricas do Lubango.
De acordo com o político, numa altura em que o país encontra-se as solado pela epidemia da cólera, é imperioso que os governos apostem em medidas preventivas, para se evitar um possível colapso nas unidades sanitárias do país e da província em particular. Ainda entre os pontos realçados, o responsável do Galo Negro aponta a forma como as autoridades sanitárias da Província da Huíla têm estado a lidar com os casos de cólera, sublinhando o contributo da população em acatar as medidas de prevenção contra a doença.
No que diz respeito à nova Divisão Política Administrativa, Augusto Samuel afirmou que não houve transparência no processo decisório para elevar algumas comunas à categoria de município. No seu entender, existem comunas que não reúnem condições para ser município.
MPLA recomenda exploração mais efectiva dos perímetros irrigados
efectiva dos perímetros irrigados O 2.° secretário do MPLA na província da Huíla, José Arão Nataniel Tchissonde, disse que o seu partido apresentou no encontro diversas questões que traduzem as dificuldades das populações, ao mesmo tempo que apresentou alguns caminhos para a sua solução.
Entre elas, o destaque recai sobre a melhoria dos perfis de água para aumentar as fontes de produção, de forma a tornar a produção agrícola mais permanente, envolvendo um maior número de famílias. “Apresentamos as preocupações ligadas à área social com as quais as nossas populações se debatem, mas acima de tudo, apresentamos algumas soluções, nomeadamente as vias de acesso, a questão da gestão dos espaços, o acesso à terra para a produção e a questão da melhoria da agricultura familiar.
Falamos da participação da comunidade na gestão da coisa pública, falamos da identificação dos pontos de irrigação para que tenhamos uma agricultura mais permanente, bem como as questões ligadas ao incentivo do fomento empresarial, das pequenas e médias empresas, sabemos das dificuldades com as quais as médias e pequenas empresas vivem hoje, e que as políticas públicas vão dando alguma resposta no sentido de que haja algum oxigênio para que as empresas respirem e tenham pernas para que possam andar e também outras acções que visam o apoio à autoconstrução dirigida”, explicou.
Por sua vez, o secretário provincial do Partido de Renovação Social (PRS), Ilídio Ebo, disse que ao governador provincial, o seu partido alertou a necessidade de prestar atenção ao sector da educação com vista a garantir uma melhor qualidade de ensino, melhorando a gestão das diversas escolas. Já o Secretário Executivo do PRA- JA, Zeferino Tchiengo, apelou que se preste mais atenção às medidas de prevenção contra a malária, por ser uma das doenças que mais matam em todo o país.
O coordenador do Partido Liberal (PL) disse que, apesar de ser a primeira vez que participa num encontro do género, o balanço é positivo, por isso, encoraja que a mesma seja realizada com uma maior frequência.
O governador
No seu discurso de abertura, o governador provincial da Huíla disse que os problemas sociais que ainda afligem as famílias huilanas são enormes e a sua solução deve contar com o envolvimento de todos os actores sociais, independentemente da sua filiação partidária.
POR:João Katombela, na Huíla