O primeiro-ministro português esteve no maior parque de energia solar no país, para cuja construção o país desembolsou 256 milhões de euros, instalando meio milhão de painéis solares. A infraestrutura tem uma capacidade instalada de 188 megawatts.
Acompanhado do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, a Luís Montenegro se lhe informou sobre o compromisso do Governo para com as energias renováveis, introduzindo na sua matriz energética energia limpa, sempre com suporte de empresas portuguesas. Neste particular, ressalte-se, pois, que a empresa portuguesa MCA tem firmado um contrato com o Governo em sede do qual se preveem a construção de sete parques fotovoltaicas um pouco pelo país.
“Alinhado com aquilo que é estratégia do Governo Angolano, produzindo energia mais barata e amiga do ambiente”, assegurou o ministro da Energia e Águas, momentos depois de ter elucidado o primeiro-ministro sobre os projectos.
“Também informamos o senhor Primeiro-ministro que o papel que esses parques têm desempenhado é sobretudo ajudar a fazer uma melhor gestão de reservatório das grandes bacias hidro-eléctricas. A matriz energética tem uma base que é, sobretudo, hídrica”.
Quando os sete projectos de parques fotovoltaicas estiverem concluídos, isto até 2027, o país terá instalado, só em energia limpa, pouco mais de mil megawatts, que, adicionados à capacidade hídrica, que se prevê vir a ser de 6 mil, Angola contará com 9 mil megawatts. Porém, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, afirma que, assim sendo, o trabalho a seguir vai ser investir nas linhas de transporte.
“O investimento a realizar não é só nas fontes de produção, mas como também nas redes de transmissão de energia e na rede de distribuição. E, neste momento, o grande esforço que se está a fazer é interligar o centro com o sul, que é o Huambo com a Huíla e com o Namibe, onde vamos não só levar mais energia como também vamos reduzir a produção hídrica”, esclarece.
Em termos de impacto, garante-se que, até 2027, cerca de 16 milhões de habitantes possam estar ligados à rede eléctrica.
“Que serão cerca de 50 por cento da população, que estimamos em cerca de 32, 33 milhões até 2027. Ou seja, metade da população deverá ter acesso à electrificação”, assegura, em declarações à imprensa.
Melhorar atendimento no consulado local
Em declarações à imprensa, no aeroporto Paulo Teixeira Jorge, o governador de Benguela, Luís Nunes, manifestou o desejo de ver melhorado o atendimento no Consulado Geral na província, na base de uma série de reclamações apresentadas por alguns utentes.
A Luís Montenegro o governador de Benguela sugeriu, num encontro em privado, a necessidade de se melhorar o atendimento no referido serviço consular, na base de reclamações chegadas a Luís Nunes.
O governante português visitou as obras do futuro Consulado Geral de Portugal, na rua Comandante Kassanji, avaliadas em 2.094. 223 de euros, iniciadas aos 27 dias de Maio de 2024 e com conclusão prevista para 2025, segundo informações prestadas a Luís Montenegro pela CASAIS Angola, empresa responsável pela construção.
A agenda de Luís Montenegro reservou, igualmente, deslocações às instalações do Porto Comercial do Lobito, Caminho-de-ferro de Benguela e à sede do consórcio gestor do Corredor do Lobito, a Atlantic Lobito Railway-SA.
Constantino Eduardo, em Benguela