Descrito como sendo um dos bairros mais perigosos em termos de criminalidade, o Paraíso, no município de Cacuaco, em Luanda, foi o local escolhido pelo governador da província para trabalhar e constatar “in loco”, as dificuldades por que passam os cidadãos daquela localidade da capital
A carência de serviços sociais e o elevado índice de criminalidade são entre outras, as principais preocupações radio- grafadas e ouvidas pelo governa- dor da província de Luanda, Manuel Homem, que dá sequência, hoje, aos trabalhos que desenvolve no bairro Paraíso, em Cacuaco, até à próxima Sexta-feira, 14.
O foco desta visita, de acordo com as expectativas dos populares, é que haja reversão deste quadro melindroso, razão pela qual a comunidade está a ser recebida em audiências individuais, assim como há constatações sobre a realidade económica, criminal, cultural, política, social e de cidadania.
Nesta altura, estão transferidos e a ser executados vários serviços prestados pelo Governo Provincial de Luanda, para o município, no âmbito da desconcentração administrativa, com destaque para o registo civil, recreação, serviços de saúde e outros essenciais. Para o administrador municipal de Cacuaco, Auxilio Jacob, em declarações ao jornal OPAÍS, “hoje o Paraíso é um bairro alegre. Há estradas, iluminação pública que contribuiu para a redução da criminalidade”, salientou o responsável, admitindo que ainda faltam escolas e centros de saúde.
“Temos um centro de saúde e estamos a construir outro no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). Com a iluminação pública o trabalho da Polícia está mais facilitado”, disse. De salientar que Manuel Homem, desde que foi nomeado no cargo de governador provincial de Luanda, pelo Presidente da República, João Lourenço, em Setembro de 2022, tem prestado especial atenção àquele município, como forma de “piscar” o eleitorado. Em pouco menos de sete meses já visitou o município por duas vezes. O bairro Paraíso, no município de Cacuaco, em Luanda, foi palco de vários casos de assassinatos, incluindo a morte de três agentes da Polícia Nacional, cujos corpos foram encontrados na madruga- da do dia 1 de Junho de 2013, em plena Esquadra.
POR: José Zangui