Uma palestra subordinada ao tema “Valorizar o antigo combatente é reconhecer Angola independente”, será realizada Quinta-feira, às 9 horas, no Complexo 15 de Março, em Viana, arredores de Luanda
POR: Maria Custódia
A mesma terá como prelectores Donkele José e Aguiar António Laurindo, que vão abordar os temas “A Luta pela Independência de Angola” e a “ Importância da Revolta de 15 de Março para a Independência de Angola”, respectivamente. O porta-voz da FNLA, Jerónimo Makana, revelou a O PAÍS, que a palestra será dirigida a todos militantes, simpatizantes e amigos desta força política, sendo presenciada pelo seu líder Lucas Ngonda.
Para a cerimónia, foram também convidados várias individualidades da sociedade civil, entidades religiosas, membros de Partidos Políticos e estudantes. Jerónimo Makana declarou que a palestra servirá igualmente para uma análise do percurso feito até aqui, 57 anos após o início da luta armada contra o colonialismo português, iniciada pelo ELNA, antigo braço armado da UPA/FNLA, no Norte de Angola.
Dentre os protagonistas, cuja maioria já faleceu, destacam-se José Mateus Lello, Pedro Vila Garcia, Manuel Bernardo, Pedro (Tabi) Rodrigues, José César (Mekwenda Mekuiza) e Costa Kinkolo. “Era um grupo de jovens patriotas determinados, que ansiava uma Angola livre e liberta do jugo colonial”, declarou o jovem político. Deste grupo que desencadeou o 15 de Março, já não há sobreviventes, sendo que o último foi José Mateus Lello, falecido em 2013, e em situação de plena indigência.
Percurso do 15 de Março
Neste dia, O ELNA desencadeou uma luta contra o colonialismo português, a partir das fazendas de café e vilas, que culminou com a conquista da independência nacional, a 11 de Novembro de 1975. Esta diagonal operativa, começou na província do Uíge, tendo- se alargado para a região dos Dembos, Nambuangongo, Piri, Úcua(Bengo), Uíge e Cuanza-Norte, respectivamente.