A direcção da Frente Nacional para a Libertação Nacional Angola (FNLA) entende ser necessário fazer um reposicionamento sobre o desempenho do Grupo Parlamentar Misto PRS/FNLA, no Parlamento, afim de torna-lo mais actuante
Segundo analistas, a ideia inicial da criação do grupo misto, com dois elementos do Partido de Renovação Social (PRS) e dois outros da Frente Nacional para a Libertação Nacional Angola (FNLA) era de fazer frente ao MPLA, partido governante. Mas os mesmos analistas já previam que a iniciativa do grupo misto não teria peso, referindo que os dois partidos não produzem iniciativas legislativas e em muitos casos se limitam a absterem-se na hora do voto de importantes documentos, tal como foi o caso da DPA.
Recentemente, em breves declarações ao jornal OPAÍS, o presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Nimi a Simbi, defendeu a necessidade de uma avaliação do desempenho do grupo e da necessidade de uma melhor actuação no Parlamento. O político esclareceu não tratarse de uma rotura com o Partido de Renovação Social (PRS), tendo garantido que a aliança é para continuar. A nova concertação que se pretende para breve, segundo decisão da direcção da FNLA, terá como objectivo a união de esforços para uma abordagem que visa dar mais dinâmica ao nível da Assembleia Nacional. Na votação sobre a Divisão Político-Administrativa, que aconteceu recentemente, o grupo ministro PRS/ FNLA, absteve-se.
Por um lado, porque o PRS não se revê na proposta, por outro porque a FNLA tem as suas acções viradas para as autarquias. Para 2024, a direcção do partido dos “irmãos”, de acordo com um documento distribuído à imprensa na semana finda, estabeleceu na sua agenda politica três eixos prioritários, nomeadamente a mobilização de novos militantes, com o foco na região Sul, apesar de ser um partido nacional, a dinâmico dos comités municipais, tendo em vista as eleições autárquicas e a concertação com o PRS, para uma maior actuação do grupo misto na “ Casa das Leis”.
Para estes desafios, “a FNLA avança com um presidente em estado de saúde visivelmente debilitado, Nimi a Simbi, que actualmente anda apoiado por muleta, e foi neste ambiente que teceu tais declarações ao jornal OPAÍS. É um dos dois deputados que o partido conseguiu eleger nas últimas eleições. Nas sessões parlamentares aparece quando pode, mas são poucas as vezes que faz intervenções que, normalmente, pelo grupo misto, são apresentadas pelos deputados do PRS.
POR: José Zangui