O presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Nini a Nsimbi, nega a existência de vozes internas que discordam da fusão do partido histórico com o Partido de Renovação Social (PRS), para a formação do Grupo Parlamentar Misto, na Assembleia Nacional. A Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) realçou, em exclusivo, a este jornal, que a sua história é indelével na política angolana, por essa razão não se sente reduzido por fazer aliança parlamentar com o PRS, segundo afirmou o presidente do partido, Nimi a Nsimbi.
O político esclareceu que em política “as alianças são feitas em função do contexto”, desse modo, a FNLA e o PRS decidiram, no ano passado, fundir-se em Grupo Par- lamentar, cada um com dois deputados, doutra forma nenhuma destas formações políticas constituía bancada parlamentar, nos termos da lei.
A junção dos deputados da FNLA e PRS foi das grandes novidades, tendo em conta o resultado do partido fun- dado por Holden Roberto, saídos das eleições de 24 de Agosto, de 2022, em que o PRS atingiu uma percentagem de 1,14%, que equivale a 71.351 votos, conquistando dois mandatos na Assembleia Nacional. Ao passo que a FNLA obteve 1,06% dos votos, num total de 66.337, conquistando também dois deputados. Entretanto, pelo número insuficiente de deputados, os dois partidos avançaram para a formação de uma frente única parlamentar.
Segundo o presidente do partido histórico FNLA, a decisão foi tomada pela direcção e não unilateral, acrescentado não ter conhecimento de vozes discordantes ao nível interno. “É tudo fabricado por vocês jornalistas, porque a FNLA, hoje, é um partido coeso”, garantiu. Interesses financeiros são apontados também como sendo o motivo que levaram a FNLA e o PRS a formarem um único Grupo Parlamentar. Nini a Nsimbi nega e esclarece que mesmo sem a fusão teria direito a verbas do Estado por eleger dois deputados.
POR: José Zangui