O presidente FNLA, Nimi a Nsimbi, assegurou em declarações a O PAÍS que o seu partido não deve nenhum delegado de lista, no decurso das eleições de Agosto de 2022. Apesar de reconhecer ter havido atraso, garantiu que todos foram pagos até ao mês de Outubro do mesmo ano
No ano passado, cidadãos que trabalharam como delegados de lista do partido FNLA, nas eleições gerais de 23 de Agosto, sobretudo jovens, manifestaram o seu des- contentamento na sede nacional daquela organização, exigindo o pagamento dos valores que rondavam os 10 e 19 mil kwanzas.
“Queremos o nosso dinheiro, temos famílias e estudos para sustentar”, diziam em uníssono e rezavam os cartazes demonstrativos, com semblantes marcados de grande insatisfação. Na sequência, o presidente da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), contactado por este jornal, volvidos quase sete meses depois das eleições, admitiu ter havido atraso no pagamento, por conta da burocracia dos bancos, mas também precipitação de alguns delegados. Nimi a Nsimbi esclareceu que na medida em que a situação no banco foi desbloqueada, todos que trabalharam de facto foram pagos.
“Estou na África do Sul, mas se há problema neste sentido, quem tiver provas de que não foi pago pode procurar o nosso secretário-Geral do partido. É preciso que mostrem os rostos”, desafiou. Importa referir que a Procuradoria-Geral da República (PGR) advertiu em Agosto passado os partidos políticos a “assumirem as suas responsabilidades” com os delegados de lista, que reclamavam pelo pagamento de subsídios, e exortou os queixosos a fazerem recurso aos mecanismos legais. Trata-se de delegados de lista, sobretudo da APN, FNLA, PRS e CASA-CE, como sendo os que mais reclamavam.
POR: José Zangui