O Presidente da República, João Lourenço, recebeu ontem, em audiência, o Vice-Mayor, James Gray Júnior, da cidade de Hampton, Estados Unidos da América (EUA), membro da Família Tucker.
James Gray Júnior está em Angola no quadro da aproximação que a Família Tucker tem feito, desde 2022, à República de Angola, concretamente à província de Malanje, terra dos seus ancestrais.
O Vice-Mayor de Hampton, James Gray Júnior, integra uma delegação de vinte e quatro membros da família Tucker, descendentes da província de Malanje, que estão em Luanda para estreitar os laços culturais e promover intercâmbio entre as cidades de Malanje e a cidade de Hampton.
A Família Tucker quer maior aproximação com a terra dos seus ancestrais e fortalecer os laços culturais entre Angola e os Estados Unidos da América.
Quer ainda estabelecer parcerias em áreaschave, como a educação, cultura, saúde e desenvolvimento urbano, bem como promover projectos sociais e culturais para beneficiarem as comunidades locais.
Os Tucker querem também identificar oportunidades de investimento para empresários de Hampton e apresentar projectos sustentáveis que careçam de apoio técnico e financeiro.
A delegação chegou a Luanda na sexta-feira passada, tendo já visitado lugares da rota turística de Luanda para explorar a história dos angolanos que foram levados como escravos nos Estados Unidos da América.
Plataforma de concertação permanente com a diáspora africana
De recordar que a Família Tucker representa os primeiros escravos angolanos que chegaram aos EUA. A mesma pretende agora colaborar com o Executivo angolano na criação de uma plataforma de articulação e concertação permanente com a diáspora africana.
A Família Tucker visita Angola desde 2022 para impulsionar o turismo no país e celebrar com a juventude angolana, particularmente praticantes de basquetebol, os 404 anos de história e herança comum com Angola.
A ONG Sociedade William Tuker 1624 quer ajudar afro-americanos a localizarem as suas raízes ancestrais, reconectarem-se com o passado, estreitarem laços de amizade, fraternidade e irmandade com Angola, explorar o património cultural existente e realizar visitas a locais históricos da rota transatlântica de escravos.