A visita do Presidente da República, João Lourenço, às instalações da Rede Girassol, TV Zimbo e à Rádio Ecclésia, em Luanda, no dia 04 do corrente mês, serviu para aferir o funcionamento desses órgãos de comunicação social privados.
Na realidade, a imprensa angolana vive dias difíceis, logo a constatação “in situ” do Titular do Poder Executivo adivinhe-se um sinal positivo em relação ao futuro da pluralidade de informação.
Deste modo, os problemas que “cercam” a imprensa privada, de natureza económica e financeira, impedem que a construção do processo democrático, que se iniciou em 1991/1992, com a queda do Muro de Berlim, na Alemanha, se materialize.
Por isso, a ida do Presidente da República a esses órgãos levanta a questão ligada ao incentivo à comunicação social (privada), visto que sem ela não há democracia no sentido real da palavra.
Assim, a liberdade de expressão e de informação e também a de imprensa são instrumentos com dignidade constitucional nos termos do artigo 40 e 44, logo não devem cair em saco-roto.
Em razão disto, organizações da classe de jornalistas admitem, por um lado, que a visita do Presidente da República aos órgãos privados de comunicação social seja uma lufada de ar fresco para o futuro.
Por outro, gostariam que o incentivo à comunicação social, consagrada na Lei de Imprensa vigente, no artigo 15, fosse de facto accionado para nortear melhor os caminhos da imprensa privada.
“Nos termos da lei, o Estado estabelece um sistema de incentivos de apoio aos órgãos de comunicação social de âmbito nacional e local, com vista a assegurar o pluralismo de informação e o livre exercício da liberdade de imprensa e o seu carácter de interesse público”.
Por isso, a liberdade de imprensa é um valor, cujos interlocutores do jornal OPAÍS reiteraram que deve ser permanentemente defendido, porque sem ela outros direitos ficam comprometidos.