O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, disse, ontem, em Luanda, que o país deve mudar o paradigma de crescimento económico, de modo a converter o sector privado em motor do crescimento económico de Angola
O governante afirmou, na abertura do curso de capacitação em política de ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento sustentável, que o Estado deve concentrar-se nas actividades de regulação económica e de coordenação do desenvolvimento do país. Manuel Nunes Júnior, fazendo referência ao documento sobre as linhas de força da Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo do país para os próximos 27 anos (o Angola 2050), disse ainda que é a acção do sector privado que contribuirá para diminuir o peso do sector dos petróleos no PIB de Angola.
Desta forma, de acordo com o ministro de Estado, o país poderá ter uma economia que consiga exibir níveis de crescimento sustentados ao longo do tempo e baseados em critérios de competitividade e de eficiência. Para o governante, o país não pode ter níveis sustentados de crescimento económico ao longo do tempo, quando o sector dos petróleos representa mais de 95% das receitas de exportação e mais de 60% das receitas fiscais, segundo a Angop.
Numa só palavra, segundo ele, Angola está dependente de um produto, cujo preço não controla e, por isso, todo o desenvolvimento do país vai depender das oscilações do preço deste produto no mercado internacional. De acordo com o ministro de Estado, a diversificação da economia no país é um processo que está em curso, mas que precisa de gola registou com grande surpresa um encontro entre o governador do Cuando Cubango, José Martins, e um representante da chamada “Câmara de Comércio e Indústria Angola-Bélgica”, lê-se no documento.
Os diplomatas belgas esclarecem que esta organização utiliza indevidamente o nome “Bélgica” e não tem qualquer ligação com a Embaixada da Bélgica ou com o governo belga. “O anúncio na primeira página do Jornal de Angola de 21 de atingir uma maior velocidade, dependendo em muito dos níveis de produtividade dos factores de produção.
Capital humano no centro do desenvolvimento Entre os factores de produção, o ministro destaca o mais importante, que é o capital humano. Para Manuel Nunes Júnior, só com o capital humano adequado o país conseguirá atingir os níveis de organização, de produção e de inovação necessários para o desenvolvimento sustentado da base produtiva. “Sem um nível de capital humano adequado, Angola não conseguirá alcançar os níveis de eficiência e de competitividade necessários para ter uma economia dinâmica, forte e altamente inovadora capaz de proporcionar aos angolanos os mais altos padrões de vida compatíveis com o nível de riqueza gerada pela sociedade”, disse.
Por seu turno, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, referiu que este curso é o passo subsequente ao estudo que foi realizado sobre o ecossistema, inovação e empreendedorismo de Angola com o apoio da conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento. Segundo a ministra, esta capacitação vai possibilitar que todos os intervenientes do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação estejam à altura de implementar as recomendações do estudo sobre o ecossistema de inovação e empreendedorismo. Participam nesta capacitação, que termina no dia 26 do corrente mês, perto de 40 formandos do governo, do sector empresarial, das organizações privadas sem fins lucrativos, bem como de instituições do ensino superior.