A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, declarou, esta Segunda-feira, em Luanda, que o Executivo apostou no alargamento de um sistema de saúde mais robusto, eficiente, humanizado e na criação de condições de trabalho dignas
Em declarações à imprensa, durante a reinauguração do Hospital Geral Especializado Neves Bendinha, enfatizou que o país possui, hoje, duas mil unidades sanitárias e destas oito são hospitais centrais, 32 provinciais e cerca de 228 hospitais municipais.
A par disso, a Vice-Presidente da República disse haver um grande conjunto de erradicação de postos médicos para um serviço primário de atendimento de proximidade a nível das comunas e distritos. “Estamos num caminho que gostaríamos de prosseguir com a participação de todos e tem sido preocupação premente do Presidente João Lourenço, que quer ver o domínio da saúde cada vez mais robusto, eficiente e mais moderno e avançado”, vincou.
Esperança da Costa observou que o país está a avançar bastante no aspecto da quantidade, mas permanecem ainda desafios que necessitam de soluções concretas e sustentáveis. Fez saber que ao mesmo tempo que se avança com a maximização de unidades hospitalares, o Executivo aposta também na questão do capital humano e na criação de condições melhoradas para os profissionais de saúde.
Lembrou que, nos últimos anos, o ministério de tutela tem realiza- do vários concursos públicos para o sector da saúde em todo o país. “Temos hoje cerca de 30 mil no- vos profissionais de saúde contratados, mas o grande desafio agora é a sua capacitação e estamos a trabalhar com metas precisas no domínio da especialização nas várias vertentes e valências neste e noutros hospitais disseminados pelo país’, assinalou.
Apelo aos serviços humanizados
A Vice-Presidente da República apelou, na ocasião, a todos os profissionais da saúde do país para estarem cada vez mais comprometi- dos com o trabalho que desenvolvem. “Que tenham como base sempre a ética e o profissionalismo, que prestem mais serviços humanizados e mostrem mais amor ao próximo. Estamos a lidar com vi- das humanas, que é preciso preservar”, expressou, Esperança da Costa disse, por outro lado, ser necessário trabalhar de forma consistente na gestão hospitalar, do património, equipamento e dos fármacos, apelando igualmente aos utentes para participarem na manutenção das unidades sanitárias.
Satisfação por serviços modernizados
Esperança da Costa manifestou satisfação pela reabertura da unida- de sanitária com cerca de 80 camas e equipamentos de tecnologia de ponta, considerando um resulta- do de opções estratégicas do Executivo, que quer ver o domínio da saúde cada vez mais optimizado e eficiente. “Saímos daqui satisfeitos por- que reinauguramos o Hospital Neves Bendinha, vulgo hospital dos Queimados, que é uma grande homenagem ao nacionalista angolano Neves Bendinha. Fes saber que o hospital possui equipamentos de ponta e vai poder proceder à análise diagnóstica diferenciada, bem como dar resposta humanizada e eficiente à demanda, ou seja, das queimadura mais leves às mais complexas. A cerimônia contou com a presença da viúva (Lídia de Brito Teixeira) e de familiares do nacionalista Neves Bendinha, cujo nome foi dado ao hospital especializa- do para o tratamento de queimaduras.
Neves Bendinha
Neves Adão Bendinha, nacionalista angolano, nasceu a 10 de Novembro de 1936 na povoação de Guinza, Icolo e Bengo, e faleceu a 15 de Maio de 1961. Foi um herói cuja acção se trans- portava para além da bravura, abnegação e entrega total à causa nacionalista. Foi um grande mobilizador de massas, agitando-as para a revolta contra o regime Salazarista.