O Executivo angolano voltou a assegurar, hoje, prioridade absoluta no combate à seca na agenda para o desenvolvimento da província do Cunene.
A garantia foi dada pelo Presidente da República, João Lourenço, quando falava à imprensa a margem do acto de inauguração do Hospital Geral do Cunene, na cidade de Ondjiva.
Segundo João Lourenço, sem desprimor às outras províncias que têm merecido o mesmo nível de atenção, o Executivo que dirige está focado no combate à seca no Cunene, região sul do país.
Segundo João Lourenço, a semelhança do canal do Cafu, em funcionamento desde 2022, a província do Cunene vai ganhar outras infraestruturas estruturantes de combate à seca, sendo que uma delas, a barragem do Ndué, no município de Cuvelai, será inaugurada já no final deste ano.
De acordo com o Presidente, o problema da seca tem fustigado a província do Cunene, daí que o Executivo achou toda a necessidade de dar uma atenção especial com vista a diminuir o problema que dá cabo das populações, do gado e da produção agrícola.
“Concluímos em tempo recorde a barragem do Cafu. Amanhã vamos visitar as barragens do Ndué e no próximo ano vamos concluir as barragens de Calucuve e da Cova do Leão. Portanto, são quatro grandes infraestruturas para minimizar o sofrimento das populações do Cunene”, assegurou.
O Chefe de Estado reforçou ainda que o Executivo está com os “olhos atentos” para o Cunene e que tudo está a fazer para minimizar o impacto da seca.
“Temos feito muito pelo Cunene. E não é favor nenhum que a gente faz”, destacou.
Ndué e Calucuve vão beneficiar perto de meio milhão de pessoas e 500 mil animas
Em declarações ao jornal OPAIS, o director província de infraestruturas do Cunene, Edio Gentil, disse que, a semelhança do Canal do Cafu, inaugurado em 2022, as barragens do Ndué e Calucuve vão servir para uma população de aproximadamente 500 mil pessoas e igual número de animais.
Referiu que, só a barragem do Ndué, cujas obras iniciaram em 2022, tem uma execução física de 71 por cento e financeira de 69 por cento, estando prevista, para Novembro próximo, a sua inauguração.
Nesta baragem, está, igualmente, previsto o início do seu canal adutor ou associado com uma extensão de 75 quilómetros de extensão e 15 bacia de retenção.
Calucuve vai ter 45 bacias de retenção
Quanto ao Calucuve, Edio Gentil disse que tem uma execução física de 45 por cento e 79 de execução financeira.
Referiu que está bacia vai estar associada a 45 bacia de retenção e um canal adutor de 111 quilómetros que chegarão até a cabeceira da cidade de Ondjiva.
“São projectos extremamente importantes pela sua natureza. Vão mudar a vida das pessoas e dos animas bem como impactar positivamente no desenvolvimento agrícola das comunidades”, destacou