A assistente especial do Presidente Biden e directora sénior para Assuntos Africanos no Conselho de Segurança Nacional, Frances Brown, fez saber ontem, em conferência de imprensa, a propósito da deslocação do estadista americano a Angola, que já foram investidos no continente 80% dos 55 biliões prometidos em 2022.
Conforme a responsável, depois da realização da Cúpula dos Líderes de África, que ocorreu no final de 2022, os EUA prometeram investir 55 biliões de dólares no continente durante três anos.
No entanto, ressaltou que disponibilizaram mais do que o esperado até ao momento, sendo certo, que dois anos depois, investiram mais de 80% desse compromisso. “E esses são investimentos históricos que fortaleceram os nossos laços e criaram oportunidades económicas reais para comunidades em todo o continente”, destacou.
Por outro lado, explicou a razão de ter sido Angola o país escolhido pela administração Biden, tendo justificado o facto relevante de ser visto como um parceiro estratégico e um líder regional, cujo relacionamento foi vivido nos últimos 30 anos, com maior incidência e ritmo nos últimos três anos.
“Em 2023, o comércio entre EUA e Angola totalizou aproximadamente US$ 1,77 bilião, o que torna Angola nosso quarto maior parceiro comercial na África Subsaariana.
Também estamos a trabalhar com Angola, enfrentando uma série de desafios urgentes, incluindo o fortalecimento da paz e da segurança no leste da República Democrática do Congo, o aumento das oportunidades económicas na região e a expansão da cooperação tecnológica e científica”, ressaltou.
Frances Brown lembrou, por outro lado, que a visita se baseia na reunião bilateral mantida entre o Presidente Biden e o Presidente João Lourenço, realizada há quase exactamente um ano, bem como na segunda Cúpula de Líderes EUA-África, que ocorreu em Dezembro de 2022, e na visita do Presidente Lourenço aos EUA em 2021.
Objectivos
Todavia, a viagem do Presidente norte-americano assenta em três objectivos fundamentais, designadamente, elevar a liderança dos EUA em comércio, investimento e infraestrutura na África; destacar a liderança regional e a parceria global de Angola num espectro completo de questões urgentes, incluindo comércio, segurança e saúde; e destacar a notável evolução do relacionamento EUA-Angola.
A visita inclui a realização de uma reunião bilateral em que se vão aprofundar assuntos relacionados com infra-estrutura, clima, paz regional, segurança – paz e segurança, o trabalho constante de aprofundamento da democracia e objectivos económicos compartilhados.
“O presidente Biden também fará comentários públicos sobre o relacionamento EUA-Angola, bem como a abordagem do governo Biden para a África.
Ele fará isso diante de um contexto realmente notável e significativo, que estou realmente ansiosa por esses comentários.
Acho que eles serão um bom marcador quando o Presidente chegar ao fim de seu próprio tempo na presidência”, manifestou.