O anúncio foi feito pelo representante da embaixada americana em Angola, Gerdin Matthew, que falava à margem de um Workshop para reforçar a cooperação entre o sector público e privado.
O responsável lembrou, na ocasião, das deficiências de Angola, que foi recentemente colocada na lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), referindo que o país deve, na sequência desta classificação do GAFI, resolver rapidamente as deficiências estratégicas identificadas nos seus quadros de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo dentro dos prazos acordados, estando agora sujeita a uma monitorização reforçada.
Gerdin Matthew considerou fundamental que Angola implemente, integralmente, o plano de acção do GAFI para resolver estas deficiências identificadas, alegando que uma acção rápida e decisiva ajudará o país a sair da lista cinzenta o mais rapidamente possível, assegurando uma maior protecção contra os fluxos financeiros ilícitos e reforçando a sua posição na economia global.
“Os parceiros de desenvolvimento, incluindo os Estados Unidos, estão prontos para fornecer a Angola o apoio, os recursos e os conhecimentos necessários para atingir os seus objectivos financeiros e regulamentares.
Estamos empenhados em ajudar Angola a construir um sistema financeiro resistente e compatível com as normas internacionais”, garantiu. A chefe do escritório da ONUDC em Angola, Manuela Carneiro, garantiu que vão continuar a trabalhar com especialistas angolanos, através da partilha de conhecimentos nas áreas económica, política e social.
“Vamos apoiar Angola nos seus esforços contínuos, no sentido de reforçar o seu sistema financeiro. Vamos continuar a partilhar experiências e conhecimentos. Vamos continuar a trabalhar juntos para melhorar as capacidades de Angola e contribuir para um ambiente financeiro mais seguro e mais transparente”, sublinhou.
Já o director nacional da Unidade de Informação Financeira (UIF), Gilberto Capeça, disse que o Fundo Monetário Internacional (FMI) vai também prestar o seu apoio na avaliação nacional de risco prevista para os próximos dias.
Objectivos do workshop
O workshop, que reuniu cerca de 50 participantes de instituições angolanas, instituições financeiras, entidades e profissionais designados não financeiros e sector privado, discutiu estratégias para melhorar a colaboração na detecção, prevenção e comunicação de transacções financeiras suspeitas ou ligadas ao terrorismo e à proliferação de armas.
O referido workshop é um seguimento do curso da UNODC sobre os Fundamentos do Financiamento da Contra-Proliferação (CPF), realizado em Abril, que se concentrou na identificação de elementos-chave a serem incluídos na orientação de Angola para o sector privado sobre a implementação de sanções financeiras específicas.
O evento sublinha a urgência de criar parcerias sólidas entre sectores para reforçar os quadros de segurança nacionais e internacionais e prevenir os fluxos financeiros ilícitos que apoiam actividades criminosas.