O engenheiro civil Muanda Satshishinga defendeu, ontem, no Luena (Moxico), a inclusão de um gestores de pro- jectos na execução do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) para a salvaguarda da qualidade das obras.
Em declarações à imprensa, no quadro de uma Conferência Provincial sobre “Gestão de Projectos e Vida Profissional do Engenheiro”, disse que, em alguns casos, os projetos do PIIM não oferecem qualidade necessária por serem concebidos e implementados por várias pessoas.
Segundo o membro da Ordem dos Engenheiros de Angola, é desejável a contratação de gestor com valores agregados, capaz de fazer a avaliação do impacto do projecto na vida das populações de acordo com o objectivo da obra.
Questionado sobre a alegada deterioração de algumas obras, em curto espaço de tempo da sua edificação, presumiu ser por falta de conhecimento sobre aquisição e utilização dos materiais adequa- dos para cada projecto, bem como de capacidade técnica de quem faz o uso dos meios, de acordo com a Angop.
Por seu turno, o vice-governador provincial para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, Wilson Augusto, disse que a carência de quadros na província, assim como de institucionalização dos cursos técnicos de engenharias nas instituições privada e pública da província, tem dificultado a gestão e acompanhamento de projectos.
Ao dissertar sobre “Acessibilidade, como factor de inclusão social”, acrescentou que actualmente a província dispõe de menos de cinco arquitectos e reduzido número de engenheiros de diferentes áreas, apelando à necessidade de se apostar neste ramo do saber. Sobre “acessibilidade, como factor de inclusão social”, informou que continua a ser uma preocupação, uma vez que muitos projectos arquitetónicos públicos estão desprovidos de construção de rampas, faixas de adaptação, banheiros, entre outros.