Depois de terem endereçado uma carta ao Presidente da República, da qual não obtiveram ainda nenhuma resposta, grupo de empresários recorreu aos partidos políticos com assento parlamentar para a institucionalização de um Conselho de Concertação
Por: Neusa Filipe
o empresário Francisco Viana, que chefiou o grupo de empresários recebido recentemente, em audiência, pelo presidente da UNITA, Isaías Samakuva, informou ontem, em entrevista a este jornal, que a classe que dirigiu clama pela institucionalização de um Conselho de Concertação entre o Governo e sector privado.
O responsável fez saber que no encontro mantido com o líder da UNITA, maior partido da Oposição, foram abordadas questões ligadas à gravidade da situação económica que o país vive, tendo solicitado, na ocasião, um debate parlamentar com enfoque para “ a implementação, na actual Constituição, de medidas viáveis para a criação de um Conselho de Concertação entre o Governo e o sector privado”, visando encontrar solução de alguns problemas vigentes
. Francisco Viana salientou que o referido encontro ocorreu na sequência de uma carta aberta que o grupo de empresários endereçou ao Presidente da República (PR), da qual informou que até ao momento não obtiveram resposta. “Trata-se de uma carta aberta porque das várias vezes que escrevemos ao Presidente da República não nos têm respondido”, disse.
A fonte informou que o conteúdo da referida carta considera a gravidade da situação económica do país e faz um apelo ao PR no sentido de se institucionalizar um diálogo entre o Governo e o sector privado, através da constituição de um Conselho de Auscultação e Concertação Económico-empresarial.
Referiu que durante o encontro, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, mostrou-se bastante sensível e receptivo às ideias expostas pelos empresários, dando-lhes garantias de que irá transmitir a preocupação ao grupo parlamentar do seu partido, no sentido de haver um debate na Assembleia Nacional em torno deste tema. Francisco Viana revelou ainda que a classe empresarial já solicitou o mesmo encontro com os grupos parlamentares do MPLA e da coligação CASA-CE.