Algumas entidades empregadoras, ouvidas pelo jornal OPAIS, dizem que não terão capacidade para pagar 100 mil kwanzas como salário mínimo devido às dificuldades de manterem em funcionamento os empregos. Por essa razão, alertam que, caso a proposta venha a ser efectivada, o país poderá conhecer níveis de desemprego em massa.
O primeiro alerta é da Associação Mercantil de Pequena e Média-Cantina de Angola, que, neste momento, emprega um total de 3 mil e 700 trabalhadores num universo de 925 associados. O presidente da referida Associação, Omar Touré, alertou que, caso a proposta dos 100 mil kwanzas venha a ser aprovada, não haverá outra saída senão desempregar parte deste efectivo de trabalhadores.
“A maior parte dos nossos associados poderão dispensar os seus funcionários. Não teremos capacidade para pagar todo esse dinheiro. A nossa preocupação actual é manter os empregos e não aumentar salários”, apontou
Empregos serão sacrificados
Também a Associação das Micro, Pequenas e Médias Empresas de Malanje (AMPESMA), na pessoa do seu secretário-geral, Jacinto Tubia, não alinha que a referida proposta venha a vincar sob pena de serem sacrificados vários postos de trabalho. Segundo o responsável, a sua Associação conta com mais de 60 associados, sendo que a maioria não teria capacidade para pagar salários na ordem dos 100 mil kwanzas.
“Somos mais de 60 associados. E cada um de nós emprega de três a quatro pessoas. Neste caso, muitos empregos terão de ser sacrificados, porque não teremos capacidade para pagar até a esse ponto. É impossível”, alertou.