Durante o evento, delegadas e líderes de várias regiões discutiram te- mas cruciais para o futuro da organização, com foco na igualdade do género, nos direitos das mulheres e no fortalecimento da participação feminina na política angolana.
Paralelamente a essas questões, a expectativa estava em torno da eleição da nova presidente da organização em substituição de Helena Bonguela Abel. O processo eleitoral foi acirrado, reflectindo o forte apoio das delegadas às três candidatas à presidência. A presidente da comissão eleitoral declarou empate técnico por não ter havido a vencedora que cumprisse com os requisitos legais.
“Nomeadamente 50 por cento e mais um voto”, disse Sofia Musonguela, porta- voz do V congresso da LIMA. Segundo a responsável, a candidata número 1, Antonieta Lulanda, obteve até ao momento 209 votos, cor- respondente a 39%, a 2.ª candidata, Edna Kapapelo, obteve 303 votos, o que corresponde a 45%, e a terceira candidata, Maria Alice Sapalo, teve 167 votos, o que corresponde a 25%.
“Nenhuma delas atingiu os 50% mais 1, por este facto, a presidente da comissão eleitoral considerou haver um empate técnico, daí a necessidade de se realizar uma segunda volta, e ainda hoje, até à meia- noite, poder-se-ia anunciar a vencedora”, disse a porta-voz. Esperava-se, entretanto, que o desempate ocorresse até à meia-noite de ontem, domingo.
A UNITA vê nesta eleição um marco importante para o fortalecimento do seu braço feminino, buscando reforçar o compromisso com a inclusão e a igualdade dentro da própria estrutura do partido. A nova presidente terá como missão liderar a organização nos desafios futuros, com foco particular na mobilização das mulheres angolanas em prol de uma Angola mais justa e inclusiva, olhando sobretu- do para as eleições gerais de 2027.
O encerramento oficial do congresso, que agora aguarda o resultado das eleições, marcará o início de um novo ciclo de liderança para a LIMA, com expectativas elevadas quanto ao impacto que a próxima presidente poderá trazer para as mulheres de Angola.
Questões ligadas ao novo figurino político-administrativo em decorrência da nova lei que alarga o país para 21 províncias, 326 municípios e 378 comunas, a partir de Janeiro do próximo ano, também mereceu atenção das delegadas ao congresso da LIMA, braço feminino da UNITA, o maior partido na oposição em Angola.