Um grupo de embaixadores de estados africanos acreditados em Angola está, desde ontem, Segunda-feira, na província da Huila, para uma visita de quatro dias, onde sondam possíveis áreas para canalizar os investimentos de seus países
O vice-decano dos embai xadores de África acreditados em Angola, o embaixador zambiano Lawrence Chalungo, afirmou que estão já identificadas algumas áreas, como a da agricultura e do turismo.
O diplomata, que fez estas declarações à saída do encontro com o governador provincial da Huila, Nuno Mahapi Dala, garantiu que falta apenas a execução dos projectos referentes a eles. “Achamos que este sector constitui a alavanca para qualquer economia e nós temos o beneplácito de possuir um continente abundante em rios e com terras férteis”, afirmou o líder da comitiva, sublinhando que, entre as 18 provinciais do país, a Huíla é a que mais atraí os seus propósitos.
Lawrence Chalungu explicou que os embaixadores são de opinião que os países africanos imprimam uma maior aposta no agro-negócio, livrando-se, assim, da dependência do petróleo para o Produto Interno Produto (PIB) de cada um.
No seu ponto de vista, não se deve olhar para a refinaria do Lobito como uma “varinha mágica”, pois há necessidade de se prestar uma maior atenção aos reais factores que podem contribuir para o desenvolvimento económico dos países africanos, como a agricultura e o turismo.
E a província da Huíla, segundo o diplomata, afigura-se como um potencial impulsionador da economia nacional, através de investimentos nestas duas áreas.
“Acreditamos que a agricultura e o turismo são os caminhos para que os países africanos possam desenvolver as suas economias e terminar com a dependência do petróleo. Podemos conseguir isso se trabalhamos juntos”, vincou.
Corredor do Lobito
Segundo o diplomata, que falava em nome da delegação, o corredor do Lobito é um grade passo rumo ao desenvolvimento, sobretudo da região Austral, mas que pode servir de trampolim para o crescimento de parte significante do continente, que sobrevive, sobretudo, da exportação do petróleo e empréstimos do Ocidente.
Potencial económico local
Por seu turno, o governador da Huila, Nuno Mahapi Dala, disse que os parceiros sociais e económicos locais devem aproveitar a vista dos embaixadores africanos à província para expor o potencial económico.
O governante informou que a Huila tem as portas abertas para qualquer cidadão, nacional ou estrangeiro, que queira investir desde que tenha em foco o bemestar dos angolanos.
“O encontro que tivemos vai para além do estreitamento das nossas relações.
Procuramos também identificar sectores, onde os países destes embaixadores podem contribuir para o desenvolvimento da nossa província”, frisou, acrescentando que “acreditamos que esta é mais uma oportunidade para se alavancar a economia da Huíla”.
Por: João Katombela, na Huila