O PRS e a FNLA decidiram, por carta dirigida à presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, dissolver o grupo parlamentar misto para terem, isoladamente, na Comissão Nacional Eleitoral (CNE), os seus representantes.
O anúncio foi feito, na última quartafeira, 19, pela presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, quando justificava a retirada da agenda de trabalho o ponto sobre a movimentação de deputados, por ter recebido uma carta do grupo misto a solicitar o fim da junção parlamentar PRS/ FNLA.
De acordo com fonte interna da Assembleia Nacional, a razão de fundo da decisão das partes tem a ver com a conformação da composição da Comissão Nacional Eleitoral.
Caso o grupo misto se mantivesse, a consequência seria ter apenas um (1) representante na CNE. Separados, o PRS fica com 1 representante e a FNLA, igualmente, com 1 representante.
Com esta equação, de acordo com a fonte, cada formação política preferiu defender os seus interesses, sacrificando o grupo para ganhar um lugar na Comissão Nacional Eleitoral.
Na nova composição, o Partido Humanista de Angola (PHA), liderado por Florbela Malaquias, que nas últimas eleições conseguiu dois lugares no Parlamento, vai ter um (1) representante, e a CASA-CE perde o lugar que ainda ocupa, por não ter assento parlamentar.
A resolução aprovada, na especialidade, no dia 14 de Maio, atribui ainda nove comissários ao MPLA, cinco a UNITA, e ao grupo parlamentar misto PRS-FNLA e ao Partido Humanista de Angola (PHA) um cada.
Este Jornal tentou, sem sucesso, contactar as duas partes, para saber sobre que ganhos monetários ou políticos podem resultar da decisão. A CNE é órgão independente que organiza, executa, coordena e conduz os processos eleitorais.
Por: José Zangui