Para o presidente do órgão, Isaías Kalunga, estão adstritas ao CNJ 51 organizações membros efectivos e com o pleno direito de votos e ainda 722 organizações parceiras, pelo que, a saída de uma ou de outra, não abala aquilo que é a base da instituição de utilidade pública
A saída da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), braço juvenil da UNITA, do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), não abala a organização, segundo garantiu o presidente da associação, Isaías Kalunga. Na última Quarta-feira, 5, o secretário nacional da JURA, Nelito Ekuikui, anunciou o abandono da plataforma que dirige, com efeitos imediatos, das estruturas CNJ.
Para justificar a sua decisão, o político alegou que a organização que a sua testa não se revê nas políticas actuais do CNJ que, no seu entender, nada têm a ver com a génese da sua criação. Reagindo ao posicionamento de Neltito Ekuikui, o líder do CNJ desdramtiza a situação, embora tenha dado nota de que respeita a decisão, assegurando que a mesma não deverá ter qualquer implicância no normal funcionamento do CNJ, enquanto orgão reitor e congregador das organizações juvenis de todo o país. Isaías Calunga reiterou o respeito e actuação da JURA, mas esclarece que a mesma é, apenas, mais uma das várias que constituem o CNJ, pelo que, a sua saí- da, não deverá afectar as estruturas da organização que dirige.
Conforme explicou, o CNJ tem 51 organizações membros efectivos e com o pleno direito de votos e ainda 722 organizações parceiras, pelo que, a saída de uma ou de outra, não abala aquilo que é a base da agremiação. “Estamos a falar de quase 800 organizações juvenis que o Conselho Nacional da Juventude suporta. Daí que, a JURA, saindo vai ficar quase o mesmo número.
Então, desaconselho o Nelito Ekuikui a pautar por esse caminho. Mas ele é o líder e o seu posicionamento deve ser respeitado”, apontou. O Conselho Nacional da Juventude é uma plataforma apartidária que goza de personalidade jurídica própria sem fim lucrativo, com o estatuto de instituição de utilidade pública e responsável pela consulta, coordenação e concertação entre as organizações juvenis dos diferentes segmentos sociais.