Durante os dois dias de visita à província de Cabinda, a comitiva, chefiada pelo primeiro secretário da 4.ª comissão da Assembleia Nacional, Gilberto Manuel Pereira, está a avaliar minuciosamente o nível de execução dos projectos enquadrados no Plano Integrado e de Intervenção nos Municípios (PIIM), no Programa de Investimentos Públicos (PIP) e a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) a nível local.
Com as autoridades do governo provincial, os deputados abordaram ainda, ao pormenor, questões ligadas às actividades de desenvolvimento socioeconómico, problema do emprego, o desenvolvimento territorial da província, a situação da criminalidade, bem como abordaram as acções desenvolvidas sobre as autoridades tradicionais e o nível de implementação do projecto Kwenda.
No primeiro dia de actividades, os deputados visitaram a nova sede administrativa do governo provincial, uma estrutura nova e moderna, construída de raiz, faltando apenas o seu apetrechamento em equipamentos e mobiliário, o terminal marítimo de passageiros, o centro de hemodiálise, as obras em execução do Novo Aeroporto Internacional de Cabinda (NAIC) e o terminal de águas profundas do Caio.
O deputado Gilberto Manuel Pereira mostrou-se satisfeito com o nível de execução dos projectos de âmbito nacional que estão a ser implementados em Cabinda, assegurando que os mesmos deverão catapultar o desenvolvimento socioeconómico da província, bem como melhorar o nível de vida das populações locais.
Para o deputado Álvaro Daniel, que ficou impressionado com os projectos em execução, do ponto de vista quantitativo, despontam, em Cabinda, obras de grande impacto no crescimento da economia, mas está céptico e preocupado quanto ao futuro e à gestão dos mesmos.
“Eu conduzo-me pela filosofia criar é fácil, mas crescer e florescer é onde reside a diferença dos homens”, afirmou o deputado do grupo parlamentar da UNITA, e acrescentou: “Por exemplo, o centro de hemodiálise com uma estrutura apreciável, vimos a despontar uma nova obra para o edifício do governo provincial.
Mas, quando olho para aquelas grandes edificações, faço uma analogia com outras tantas obras erguidas pelo governo e faço uma avaliação como essas obras estão a ser geridas.”
De acordo com este parlamentar, torna-se necessário olhar para o homem na vertente formação para que ele possa assegurar essas obras, porque “senão vamos ter aqui obras bonitas, mas que não vão servir os interesses das nossas populações.”
“Todo o investimento, crescimento e desenvolvimento económico só são válidos quando reflectem na vida e no interesse das populações.
Então temos de olhar para essa vertente (formação) como sendo fundamentalmente. Se não olharmos, o impacto que isso dá na vida das pessoas será um investimento em vão”, justificou.
Por: Alberto Coelho, em Cabinda