Durante um programa transmitido ao vivo na página da rede social Facebook do Grupo Parlamentar da UNITA (GPU), o parlamentar criticou o que classificou como uma abordagem excessivamente militarizada do governo angolano para lidar com o conflito naquela parcela do território nacional.
“Não é pela via da força que alcançarão a paz em Cabinda, mas sim através do diálogo”, afirmou o deputado, insistindo na necessidade de um processo de negociação que envolva todas as partes interessadas.
Acusações de violência contra civis
O deputado Estevão Neto Pedro reforçou que há relatos preocupantes de mortes de civis, deslocamentos forçados e repressão contra a população cabindense. Aliás, acusou o Executivo de “silenciar a realidade do conflito, que já dura mais de quatro décadas, e de restringir o acesso a informações sobre a situação no terreno”.
Disse que Cabinda, uma província rica em petróleo, tem sido palco de tensões históricas entre o Executivo central e movimentos separatistas. A FLEC, principal grupo independentista, recentemente deu um ultimato de 30 dias ao governo angolano para retirar as suas tropas da região, aumentando ainda mais as tensões.
O apelo ao diálogo Estevão
Neto Pedro reiterou que a solução para a instabilidade em Cabinda passa por um diálogo inclusivo que leve em consideração as aspirações do povo cabindense. O deputado defendeu a necessidade de se envolver organizações internacionais na mediação do conflito e criticou a “falta de vontade política do Executivo” em encontrar soluções pacíficas.