O Executivo e as centrais sindicais, reunidos, uma vez mais, ontem, não chegaram a um acordo em relação à definição do valor do salário mínimo nacional. Na reunião desta quarta-feira, 3, em que era expectável um acordo nas negociações, as partes saíram, uma vez mais, com as mesmas posições, mantendo-se, assim, o “braço-de- ferro” entre o Executivo e as Centrais Sindicais.
O porta-voz dos sindicalistas, Teixeira Cândido, aludiu, no final do encontro, que, depois da greve da semana passada, que ocorreu durante três dias, a expectativa era saber se o Executivo tinha algum dado novo em relação às exigências dos sindicatos, que se prende com o pagamento do salário mínimo na ordem dos 100 mil kwanzas, actualizando a folha da função pública, a redução do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho (IRT) em 15 por cento, e a presença dos Sindicatos no Conselho de Administração do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Conforme explicou, estas são as propostas das centrais sindicais que já foram apresentadas na reunião do dia 13 de Março, mas que, uma vez mais, o Executivo não mostrou flexibilidade para as atender.
“O Governo apresentou um quadro que não é diferente daquele que foi apresentando até ao dia 13 de Março, razão pela qual não encontramos nenhum consenso”, lamentou. Para os próximos passos, Teixeira Cândido esclareceu que as Centrais Sindicais estarão sempre disponíveis para voltar a sentar com o Governo quantas vezes forem necessárias de modo a que a se possa encontrar soluções questões acima referidas e que considera como estruturantes.
Outrossim, Teixeira Cândido reafirmou que a calendarização das greves interpoladas mantém-se, até que haja novidades no processo negocial com o Executivo. “A primeira fase foi cumprida. Agora temos a segunda fase agendada para 22 a 30 30 de Abril “,frisou.