A criação da Polícia de Intervenção Rápida (PIR), como órgão das forças especiais da Polícia Nacional, teve como base as transformações sócio-económico e políticas operadas no país. A afirmação é do autor do livro “PIR de 1992 – Ao contexto actual uma vida por Angola e pelos angolanos – subsídios para uma melhor gestão de recursos humanos”
Trata-se de Muzuela Kidy Júnior pseudónimo de João Betico, que esta manhã vai proceder à apresentação da aludida obra, no auditório do Ministério do Interior, em Luanda, que dentre outros factores, retrata o surgimento da PIR, o seu percurso, lutas em defesa do povo angolano, a manutenção da ordem e tranquilidade públicas nos países da SADC.
De acordo com o autor, a iniciativa da obra surge num contexto em que ele compreendeu que uma Polícia tão especial como a PIR com os feitos e tempo de existência que tem, não pode continuar a passar por despercebido, nos anais da história política recente do país. Destaca, igualmente, que devido à situação sócio-política e económica, em 1992, fez-se a revisão da Lei Constitucional. Depois deste passo o país que se fundamentava em princípios ideológicos, políticos e jurídicos marxistas-leninistas, passou para o sistema de uma Democracia Pluripartidária.
“A visão e o reconhecimento de direitos e liberdades fundamentais do cidadão, ganha mais uma dinâmica. A criação da Polícia de Intervenção Rápida, como órgão das forças especiais da Polícia Nacional, tem a ver com as transformações sócio-económicas e políticas operadas no país”, afirmou.
Indagado sobre a veracidade da necessidade de criação de uma força especial para cuidar da segurança do Papa João Paulo II, que visitaria Angola naquele ano, eis que o também intendente da Polícia Nacional, radicado na província da Lunda-Sul, esclareceu:
“A Policia de Intervenção Rápida, inicialmente denomi- nada Polícia de Emergência, teve como seu ponto de partida a data de Março de 1991, mas teve a sua primeira aparição aquando da chegada do Papa João Paulo II à Angola, a 4 de Junho de 1992. Por isso, algumas pessoas julgam ter sido criada para a protecção dessa eminência”, destacou.
O autor
De nome próprio João Betico, nasceu em Luanda, aos 7 de Novembro de 1988. Conta com duas licenciaturas, uma relacionada à Gestão de Empresas e outra em Psicologia Organizacional. Filho de Jorge João Francisco “Muzuela Kidy” e de Linda João Betico.
O seu pai foi quadro sénior da Polícia Nacional e jornalista de gema, daí a razão da inclinação do mesmo para o campo da literatura. Esse é o seu segundo livro, depois de ter lançado o primeiro em Novembro de 2019, intitula- do Chefe ou Líder?
Motivar Para Uma Organização de Sucesso. João Betico é director Provincial de Recursos Humanos do MININT na Lunda-Sul, com a patente de Intendente e, por sinal, o director mais novo a nível do Ministério do Interior.