Angola participa, de 22 a 23 deste mês, em Abuja, Nigéria, na Conferência Africana de alto nível contra o Terrorismo, Violência Extrema contra Comunidades e Mudanças Inconstitucionais.
Para o efeito, o ministro da Defesa, João Ernesto dos Santos “Liberdade”, está em Abuja a frente de uma delegação que integra o chefe dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar, general João Pereira Massano, os embaixadores de Angola junto da União Africana e da Nigéria, Miguel César Bembe e José Bamóquina Zau, respectivamente, entre outros especialistas.
A conferência de alto nível está repartida em quatro painéis e será aberta pelo Presidente da República da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu.
Outras intervenções esperadas são do Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, Secretária-geral Adjunta das Nações Unidas, Amina Mohammed, do Presidente da CEDEAO, Omar AlieuTouray, entre outros.
No primeiro painel da conferência os participantes querem aprofundar o cenário da evolução das ameaças terroristas em África, o surgimento de grupos com capacidade militar e o défice na luta contra o terrorismo.
A propagação do terrorismo, de conflitos armados, a fragilidade das fronteiras e das leis, os desafios socioeconómicos e a má governação, poderão gerar discussões para projectar estratégias orientadas à mitigação do impacto do terrorismo nos Estados Membros.
O segundo painel da conferência olha para o combate ao terrorismo e prevenção da violência extrema com foco para as melhores experiências antiterroristas regionais e globais que permitiram promover os direitos humanos, o Estado de Direito, a igualdade de género e o desenvolvimento sustentável.
Este painel poderá propor a integração do combate ao terrorismo, o extremismo violento, o crime organizado e o papel dos líderes tradicionais e religiosos numa agenda mais ampla de desenvolvimento onde se inclui o alívio à pobreza, a educação e o empoderamento jovem.
Já o terceiro e quarto painéis propõem-se reforçar as capacidades regionais e a cooperação internacional no combate ao terrorismo e as mudanças inconstitucionais de governos.
Para tal, serão delineados mecanismos práticos, rápidos e prioritários para dar resposta colectiva ao terrorismo, extremismo, crime organizado e mudanças inconstitucionais.
A partilha de informações transnacionais, sem ferir a protecção das soberanias, será outro tópico de consenso entre as partes multilaterais da conferência.