O Presidente da República orientou o novo inspector-geral do Estado e inspectoras-gerais adjuntas a implementarem medidas que permitam, rapidamente, acabar com a impunidade, que reconheceu existir em Angola
Por: Rila Berta
João Lourenço, que discursava na cerimónia de posse de Sebastião Domingos Gunza no cargo de inspector- geral da Administração do Estado, afirmou que no âmbito da necessidade da moralização da sociedade é preciso levar a cabo um combate sério contra “certas práticas” levadas a cabo quer por gestores, quer por funcionários públicos.
Práticas estas, referiu, que lesam o interesse público, do Estado e dos cidadãos que recorrem aos serviços públicos.
Chamou por isso a atenção para o papel importante que a administração geral da Inspecção do Estado desempenha nesta luta. O novo inspector-geral é quadro do Serviço de Investigação Criminal (SIC) há 34 anos.
O Presidente da República destacou, por isso, a experiência trazida pelo novo inspector do período em que trabalhou no SIC. Na sua equipa constam três senhoras com experiência no sector da Justiça, nomeadamente as inspectoras- gerais adjuntas Beatriz Fernandes, Rosa Micolo e Isabel Tormenta, razão pela qual garantiu que o grupo está “à altura para vencer o combate à impunidade”.
“O facto de na sua equipa termos três senhoras com experiência no sector da Justiça, e por serem mulheres – como se diz as mulheres são mais rigorosas do que nós -, acreditamos que esta equipa está à altura de vencer este combate”, disse.
O Presidente disse esperar, com a nova administração geral da Inspecção Geral do Estado, que a impunidade nos serviços públicos tenham os dias contados.
“Não é num dia que vamos pôr fim à impunidade, mas contem com a ajuda de todos nós. Acreditamos que paulatinamente vamos, passo a passo, caminhar para a redução e, posteriormente, eliminação da chamada impunidade”, disse.
Na mesma cerimónia foi igualmente empossado Bartolomeu Nunes no cargo de director adjunto do Cerimonial do Presidente da República.