O comandante da Região Militar Cabinda, tenente-general Tukiquebi Tussem dos Santos, disse, nesta cidade, que a província goza de boa estabilidade desde o ponto de vista político, social e militar, garantindo haver em toda extensão territorial a livre circulação de pessoas e bens
Tukiquebi Tussem dos Santos fez esse pronunciamento no acto de abertura do ano de instrução e preparação operativacombativa, educativa e patriótica 2025/2026 da Região Militar Cabinda que decorre sob o lema: “FAA rejuvenescer para fortalecer, consolidando a paz e a unidade territorial”.
Perante a governadora de Cabinda, Suzana de Abreu, membros do governo provincial, autoridades tradicionais, magistrados judiciais e do Ministério Público, oficiais superiores e subalternos e demais convidados, o comandante Tukiquebi Tussem dos Santos informou que a província de Cabinda, território da região militar, goza de estabilidade política, social e militar, assim como “a inviolabilidade das nossas fronteiras”, permitindo a execução com sucesso de várias acções de impacto social do governo e das instituições públicas e privadas.
Por esta razão, o comandante da Região Militar Cabinda manifestou de forma renovada o inabalável voto de confiança ao governo “com a certeza de que sempre estaremos prontos para darmos o nosso melhor para a salvaguarda dos interesses mais nobres da Nação e do território sob a nossa jurisdição de forma particular”.
Em nome das FAA estacionadas na Região Militar Cabinda, o tenente-general Tukiquebi Tussem dos Santos felicitou “calorosa e fraternalmente”, neste mês de Março, as mulheres angolanas, de modo particular as da província de Cabinda, exprimindo votos de que o dia internacional da mulher seja transformado em marco de referência positiva nos esforços para a promoção da emancipação da mulher e plena igualdade do género.
Exército forte
Intervindo no acto, que decorreu na décima brigada de infantaria motorizada no Ntó, a governadora de Cabinda disse que a preparação e o aperfeiçoamento tácticooperativo permanente das tropas constituem um dos grandes pressupostos para a edificação de um exército forte, coeso e moderno capaz de cumprir com eficácia a sua nobre missão nas mais complexas condições.
“Essa actividade contínua do efectivo militar visa capacitar e conferir-lhe dinamismo às unidades militares do ponto de vista de planificação e organização”, ressaltou Suzana de Abreu.
Para a governadora de Cabinda, nessa fase crucial da história do país, atendendo “aos nossos desafios”, as FAA, como reserva moral do Estado, são obrigadas a cumprir incondicionalmente as suas missões, considerando o homem como epicentro de todas as atenções.
“Como é do conhecimento de todos, a defesa da soberania e da integridade territorial realiza-se com as forças armadas na base da organização e disciplina.
Por essa razão, a nossa presença neste acto, que marca a abertura do ano de instrução 2025/2026 na região militar Cabinda, espelha bem o que acima destacamos.
Os efectivos constituem sempre o factor determinante na assimilação das matérias a serem ministradas durante este período de instrução, princípio fundamental para a garantia da pátria e da soberania angolanas”, referiu.
Ao longo dos anos, disse, as FAA têm demonstrado um espírito inabalável de prontidão e resiliência, enfrentando desafios com bravura e determinação.
Por isso, acrescentou, as FAA são um exemplo de disciplina, lealdade e patriotismo, sempre prontos a servir a Nação em qualquer circunstância.
“Neste momento, em nome da população de Cabinda, manifesto a confiança que temos nas nossas Forças Armadas Angolanas”, manifestou.
De acordo com a governadora de Cabinda, torna-se necessário o governo continuar a trabalhar junto com as FAA, estando firmes na protecção dos valores que nos unem como angolanos.
“O nosso futuro depende da nossa e da vossa determinação e coragem. Estamos ao lado apoiando cada passo na construção de uma Angola mais segura e mais próspera”, sublinhou.
No entender de Suzana de Abreu, o actual momento que o país vive “é um momento bastante singular nas nossas vidas”, por essa razão apelou aos efectivos das FAA estacionados em Cabinda, a manterem-se firmes no cumprimento das actividades de preparação operativa-combativa, educativa e patriótica.
“No final do ano de instrução, contamos convosco, apresentando uma postura exemplar nos níveis de comportamento, disciplina, camaradagem, coesão, espírito de corpo e missão, acima de tudo, patriotismo”, perspectivou.
Objectivos
Para o corrente ano de instrução, a Região Militar traçou como objectivos inculcar nos efectivos conhecimentos sobre a arte militar, as leis e os regulamentos vigentes nas FAA, bem como valores patrióticos para o cumprimento cabal das missões atribuídas.
A instrução visa igualmente preparar as tropas no âmbito das operações de apoio à paz, segurança e estabilização face aos conflitos armados na região e no mundo, capacitar cada vez mais as grandes unidades no combate aos terroristas e inimigos da paz.
Aprofundar e aprimorar o estudo analítico sobre o índice de criminalidade na jurisdição da Região Militar Cabinda, identificando as causas de cometimento de crimes e propor medidas eficazes para o seu combate, assim como cooperar com a Polícia Nacional, os órgãos de segurança e ordem interna na transmissão de informações sobre actos indecorosos praticados pelos seus membros, são igualmente objectivos a serem atingidos no final do ano de instrução que terá a duração de 10 meses.
Por: Alberto Coelho, em Cabinda