O secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Teixeira Cândido, assegurou ontem em Luanda que, a partir de hoje, os jornalistas devidamente credenciados já poderão realizar a cobertura das sessões plenárias da Assembleia Nacional, sem restrições.
Por: Maria Custódia
A decisão saiu de um encontro entre o líder sindicalista e o secretário- geral da Assembleia Nacional, Pedro de Neri, realizada esta Terça-feira, durante o qual foram estabelecidas algumas regras que devem ser cumpridas pelos jornalistas. Nesta senda, os repórteres de imagens e de som continuarão a fazer as gravações de imagens e áudio na sala que é reservada aos jornalistas, ao passo que os redactores terão acesso ao interior da sala do hemiciclo para fazer anotações. Estes, deverão permanecer no hemiciclo, mas sem se movimentarem nos lugares reservados aos deputados.
Os repórteres de imagens e de som continuarão a trabalhar na sala da polémica (onde eram confinados todos os jornalistas) até que se equipem as cabines reservadas à imprensa. Após este encontro, segundo o secretário-geral do SJA, foi levantado o boicote que se previa à cobertura da sessão plenária da Assembleia Nacional, desta Quinta- feira, 18.
Apesar de ter sido levantado o boicote, Teixeira Cândido espera que o Parlamento melhore, nos próximos dias, as condições de trabalho dos jornalistas. Garantiu que a instituição que dirige vai continuar a monitorar o tratamento que será dado aos jornalistas, aos quais apelou a respeitarem as regras internas da AN.
“A sala que existe na Assembleia Nacional deve ser uma sala de apoio aos jornalistas e não um lugar a partir do qual estes devem cobrir as sessões”, desabafou o responsável. Recordou que, para se chegar a consenso entre o SJA e o Parlamento, foi necessário fazer diligências junto dos grupos parlamentares e da administração da própria Assembleia Nacional.
Explicou que nos termos do regi-mento interno da Assembleia Nacional, não há nenhuma proibição ou restrição ao acesso dos jornalistas à sala da plenária da Assembleia Nacional. “O que há, nos termos do regimento interno da Assembleia Nacional, é restrição aos lugares reservados aos deputados, enquanto estiver a decorrer a sessão plenária não é permitida a circulação de pessoas”.
Satisfação
O jornalista Gonçalves Vieira, da Rádio Despertar, abordado por este jornal, manifestou-se satisfeito e enalteceu as partes (Sindicato e Administração da Assembleia Nacional) pelo consenso. João Manuel, do Semanário Liberdade, também agradeceu o esforço do Sindicato pelas diligências feitas junto dos órgãos competentes para que se chegasse a um entendimento.