O presidente do conselho Nacional da Juventude (CNJ) anunciou ontem, 8, em Benguela, a assinatura de um memorando com a empresa Angata destinado, fundamentalmente, ao fornecimento de fertilizantes, visando a implementação de “cidades agro-pecuárias da juventude”. Isaías Kalunga referiu, em declarações à imprensa, que a intenção é fomentar a produção nacional junto de cooperativas e cada cidade agrícola conta com financiamento de 375 milhões de kwanzas.
O líder juvenil salienta que, com a iniciativa, a ser implementado nos 164 municípios do país, a sua instituição projecta a criação de 600 em- pregos em cada cidade, onde o projecto for implementado. Ou seja, o desejo, até 2025 o CNJ, como fez crer Isaías Kalunga, é o de que cada município tenha uma cidade construída e em funcionamento, sendo que 375 milhões são os valores para cada uma dela. Além da componente dos campos agrícolas, as referidas cidades vão, igualmente, contar com 60 habitações, escolas, postos médicos, entre outras infra-estruturas.
“Obviamente, como disse, com o apadrinhamento do Governo do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço “, realçando que, no âmbito do associativismo levado a cabo pela sua instituição, tem sido possível identificar vários problemas que apoquentam os jovens e, por conseguinte, buscar mecanismos de os resolver. De entre os identificados pela sua organização está o da fome, que as- sola várias regiões do país, daí o líder do CNJ ter manifestado optimismo de que, com a força dos jovens, será possível combater este flagelo. “A implementação da cidade vai fazer com que cerca de 99. 400 novos empregos sejam gerados a nível do país.
Estamos a falar em cerca de 100 mil empregos até 2025 e isso estamos a falar apenas de em- pregos directos, sem contar com os indirectos”, projecta, para quem, apesar de ainda não terem sido implementadas, algumas unidades comerciais já manifestaram o interesse de adquirir os produtos. O associativismo das cooperativas consubstanciar-se-á, agora, na produção agrícola, ajudando, com efeito, no combate à pobreza, na perspectiva de gerar milhares de empregos para jovens angolanos, tendo Isaías Kalunga garantido trabalho com alguns ministérios como o da Administração do Território, de modo a que os governos provinciais possam disponibilizar terras para a materializar do projecto. “Fazendo da máxima do Presidente João Lourenço de que é necessário que transformemos a agricultura no verdadeiro sector de empregabilidade a nível do nosso país”, perspectivou.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela