Com efeito, afirmou que no contexto de reestruturação, redimensionamento e reequipamento em curso, a Marinha de Guerra de Angola ganhou importantes infra-estruturas, com realce para a Base Naval do Soyo e o início da reabilitação da Base de Luanda.
O oficial general falava no acto central das celebrações do dia da Marinha de Guerra de Angola, que ontem (10/7) se comemorou, fazendo alusão à necessidade de se reforçar este ramo com meios adequados à sua missão.
Na mesma senda, disse ser necessário fortalecer a base de cooperação com outras componentes navais da região, no âmbito da segurança sobre o mar. Altino dos Santos fez alusão à pirataria, ao terrorismo, o roubo, o tráfico de todo o tipo, entre outros crimes.
Alertou o efectivo, dizendo que os riscos associados à utilização do mar impõem desafios relacionados com a contenção e controlo da imigração ilegal, o tráfico de seres humanos, o crime organizado transnacional, onde se inclui o tráfico de estupefacientes, cibercrime e proliferação de armas.
O oficial general considerou que, a efectivação da Marinha ou guarda costeira como instrumento de defesa da integridade territorial, só será alcançada após a adequação da sua organização, de modo a tornar mais eficiente a operacionalização das aulas de instrução e de preparação combativa das forças, para se evitar improvisos e constrangimentos.
Para Altino dos Santos, o sucesso de qualquer missão da Marinha de Guerra requer o domínio perfeito dos meios técnicos e do armamento confiado às suas guarnições, bem como dos especialistas em terra.
Acrescentou que só se pode conseguir este desiderato, através da participação de todo efectivo nas aulas de preparação operativa, combativa, educativa-patriótica e no aperfeiçoamento técnicoprofissional permanente dos marinheiros.
“Endereço os meus parabéns a todos os militares que foram promovidos ou nomeados, desejando-lhes felicidades e êxitos na nova missão, continuando dedicados e resilientes”, concluiu o general. Cerca de 20 novos oficiais foram patenteados aos graus militares de Capitão de corveta, Capitão de fragata e tenentes de navio, na Escola Naval de Benguela, por ocasião da celebração do dia da Marinha de Guerra.
Na ocasião, o comandante da MGA, almirante Valetino Alberto António, disse que a escolha da Escola para o acto central daquele ramo das Forças Armadas Angolanas, teve como objectivo único a sua apresentação à sociedade da província de Benguela. A Escola Naval foi transferida de Luanda para Benguela em 2023, no âmbito da melhoria das suas condições de trabalho.
Desde a sua existência, em 2011, a Academia Naval formou 159 oficiais nas licenciaturas de Marinha e Engenharia Mecânica Naval. Cada licenciatura teve a duração de cinco anos. Entretanto, é pretensão da Direcção da MGA adicionar, num futuro próximo, as licenciaturas de Engenharia de Armas Electrónicas, de Fuzileiros e Administração Naval.
A Marinha de Guerra de Angola foi criada no dia 10 de Julho de 1976, após conclusão do primeiro curso de especialistas navais, ministrado por instrutores cubanos.
A sua evolução refletiu-se nas sucessivas estruturas orgânicas e sistemas de direcção que foram sendo criadas. A MGA celebra o seu 48 ° aniversário com novas unidades de superfície que, pela manobrabilidadde, têm garantido uma maior presença no mar, em prol da defesa das águas nacionais.