A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, apresentou ontem, em Tadjiquistão, os investimentos e as acções que o Governo angolano está a desenvolver no domínio da transição energética e na gestão dos recursos hídricos.
Falando em representação do Presidente da República, na abertura da 3.ª Conferência Internacional de Alto Nível sobre a Década Internacional de Acção “Água para o Desenvolvimento Sustentável” 2018-2028, a Vice- Presidente da República, Esperança da Costa, destacou o Plano Nacional de Água (PNA), adoptado por Angola, para apoiar a implementação nacional dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS6).
Esperança da Costa considerou o Plano Nacional de Água como um dos grandes desafios do Governo angolano, na medida em que estabelece alguns eixos fundamentais, nomeadamente o planeamento integrado dos recursos hídricos do país, o estabelecimento de um programa de investimentos infra-estruturais de carácter nacional, apoiando o desenvolvimento do “cluster” da água, o fortalecimento e modernização do quadro institucional, o reforço da legislação e o estabelecimento das parcerias público- privadas, com o apoio do desenvolvimento da tecnologia e inovação.
Considerou fundamental a participação das comunidades locais na gestão de água e saneamento, alegando que o país está a implementar a Estratégia Nacional de Saneamento To- tal Liderado pela Comunidade e Escola 2019-2030, com o apoio da UNICEF.
Disse ainda estarem em curso, no país, iniciativas de longa duração, visando a melhoria da governança da água e o fortalecimento da segurança hídrica e energética.
Acesso à água potável
A governante fez saber que o Executivo angolano vem empreendendo um significativo esforço na reabilitação, modernização e construção de novas infra-estruturas de abastecimento de água, recolha e tratamento de águas residuais. “A par disso, promove- mos um acompanhamento mais alargado das bacias hidrográficas e reabilitação de Barragens Hidroeléctricas”, disse.
Apontou outras acções relacionadas com a melhoria do acesso à água potável que estão igualmente em curso nas diferentes regiões do país, o que permitiu alcançar indicadores animadores no plano de abastecimento de água potável na ordem dos 58 por cento em 2023.
“Com os investimentos a serem realizados neste domínio, a expectativa é que o país atinja os 70 por cento até 2027, enquanto para o saneamento básico prevê-se um crescimento dos actuais 58 por cento”, avançou.