As Centrais Sindicais reafirmam o posicionamento da greve geral, apartir do dia 22 deste mês, apesar do aumento suplementar de trinta mil kwanzas, anunciado pelo Executivo, com efeito a partir do dia 01 de Junho próximo, para os funcionários públicos e agentes administrativos do regime geral da função pública
Numa nota tornada pública, a que OPAIS teve acesso, as Centrais Sindicais afirmam que tomaram conhecimento, com perplexidade, do anúncio do aumento de 30 mil kwanzas aos salários da Administração Pública pelo presidente do MPLA na qualidade de Titular do Poder Executivo.
Segundo as Centrais Sindicais, o anúncio do aumento não responde às preocupações inscritas no caderno reivindicativo que se prendem com a actualização, não apenas dos salários da Administração Pública, na ordem de 100%; mas também do salário mínimo na ordem dos 100 mil kwanzas, bem como a redução da carga fiscal, “que tem sido um verdadeiro leão face aos parcos rendimentos dos trabalhadores”.
Na nota, as Centrais Sindicais escrevem que consideram, por outro lado, que a posição unilateral do Governo, de determinar o que deve ou não oferecer aos trabalhadores, independentemente do custo de vida e do nível de inflação, reflecte à indiferença do Governo com as preocupações reais dos trabalhadores.
“As Centrais Sindicais gostariam de lembrar que a reivindicação em curso tem em vista, não apenas ver actualizada o salário da Administração Pública, mas também do sector empresarial público e privado, por via da actualização do salário mínimo e da redução da carga fiscal”, lê-se no documento.
Todavia, face a indiferença, bem como a ausência de propostas concretas em sede das negociações, as Centrais Sindicais reafirmam a paralisação de todas as actividades a partir de Segunda-feira, dia 22.