As três centrais sindicais, UNNTA-CS, CG- SILA e Força Sindical- CS, garantiram, ontem, que ao descontar os salários dos trabalhadores o Governo estar a agir de má-fé, e que as mesmas não vão ressarcir os associados por estarem a agir em seu nome.
Falando em conferência de imprensa, o porta-voz das centrais sindicais, Teixeira Cândido explicou que não haverá da parte das centrais ressarcimento aos trabalhadores, os líderes sindicais estão no uso de um mandato que foi conferido pelos trabalhadores. “A pinta não é dos líderes sindicais, é dos trabalhadores, de Cabinda ao Cunene.
Os líderes sindicais não fazem greve”, afirmou Teixeira Cândido, explicando que a deliberação da greve vigente é resultante de uma assembleia de trabalhadores que foi realizada a nível de todo o país. Por outro lado, referiu que os resultados desta luta hão-de beneficiar todos, independente dos seus cargos.
Por isso, repetiu, não haverá o ressarcir dos salários aos trabalhadores. Fez ainda saber que não existem interesses particulares nos líderes sindicais, sendo que a motivação é olhar para um todo, não havendo situações particulares.
Recuperar a dignidade social
Teixeira Cândido referiu, por outro lado, que esta luta visa tão-somente o resgate da dignidade mínima dos trabalhadores, reivindicar um salário à altura das despesas mínimas existenciais aos interesses dos trabalhadores. “Essa luta tem todas estas vertentes.
Logo, não há interesse que não seja dos trabalhadores”, disse. Por outro lado, Teixeira Cândido apelou aos trabalhadores “a luta é para subsistir”, e que a mesma exige sacrifícios – como é, por exemplo, consentir os cortes nos salários, disse. Garantiu que a mesma não serve para confrontar quem quer que seja, mas para reivindicar um direito, apesar de a outra parte estar a usar da lei para inibir os trabalhadores de seguirem com a greve.