O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, completa este mês de Janeiro os chamados 100 dias de graça, ao longo dos quais é avaliado o seu desempenho em todos os sectores.
Na província em geral, e na cidade do Lubango em particular, as opiniões dos citadinos referentes a este período do terceiro presidente de Angola alinham no mesmo diapasão.
Entre muitos pontos apontados pelos lubanguenses entrevistados pelo OPAÍS, destacam-se os avanços sócio-económicos, a situação geopolítica do país na arena internacional e ainda a afirmação de Angola no contexto das nações.
Para o Padre Jonas Simão Pacheco, nos 100 dias de Governação do Presidente João Lourenço, várias alterações foram operadas visando o progresso nacional. “100 depois da investidura, o Presidente João Lourenço criou o sentimento de grande esperança no povo!
Ficam ideias de um homem sério, que tem um projecto para o país, um homem que valoriza o passado do nosso povo, com os seus altos e baixos, mas as suas palavras, as suas acções estão a indicar a todos os angolanos que podemos ser melhores, podemos melhorar as nossas vidas, como também a nossa imagem no mundo!
Eu escutei alguns líderes da oposição a dizer que tem que sair dos discursos aos actos, mas as famosas exonerações são actos concretos de alguém que quer um staff que funcione e que execute as suas ideias”, disse.
A nível da política interna do país, o Padre Jonas Pacheco aponta João Lourenço como um presidente preocupado com a consolidação da paz e da democracia nacional. Como exemplo, o vigário da Sé Catedral do Lubango, cita o recente encontro havido entre João Lourenço e o Presidente da UNITA, Isaías Samakuva logo após a sua investidura. “Depois do pleito eleitoral do ano passado, muitos apontavam para uma eventual intolerância política, mas João Lourenço demostrou o contrário, ao receber na cidade alta o Presidente Isáias Samakuva” recordou.
No que toca à abertura da Comunicação Social a todos os actores e estratos sociais, destaca-se a liberdade aos órgãos de comunicação social públicos, que também é iniciativa presidencial, vai contribuir para uma governação mais atenta aos problemas sociais.
“Se a partir de agora os assuntos passarem a ser abordados com toda naturalidade e abertura, o chefe passará em primeira mão a tomar conhecimento dessas coisas que acontecem nas províncias! Porque muitos governadores eram senhores todos poderosos, e como o que acontecia através da TPA, na Rádio Nacional, ou através do Jornal de Angola, eram coisas que eles autorizavam através dos Directores Provinciais da Comunicação Social, era quase impossível o chefe ter informação a partir do povo.
Eu acho que para que o Presidente João Lourenço implemente aquilo que pensa, aquilo que disse na campanha eleitoral e o que está a dizer em todos os seus discursos, deve ser um aliado número 1 da Comunicação Social”, recomendou.
Quem também alinha no mesmo diapasão, sobre a confiança dos angolanos no seu próprio país devolvida por João Lourenço, é o economista Francisco Chocolate. Em seu entender, as mudanças que estão a ser efectuadas por João Lourenço, no capítulo económico, são animadoras, já que apontam para o crescimento da economia nacional.
Entre outras acções, Francisco Chocolate aponta a iniciativa doPresidente da República, a abertura de Angola a outros países vizinhos, como a Africa do Sul, Moçambique e Cabo-Verde, com a supressão de vistos entre ambos países, o repatriamento de capitais que se encontram em poupança no estrangeiro, bem como a criação de um bom ambiente de negócios. “Em todos os discursos, o Presidente João Lourenço, durante esses 100 dias, sempre sublinhou que vai melhorar o ambiente de negócios.
É muito importante para o crescimento económico de um país, a forma como ele quer melhorar o ambiente de negócios que em Angola estava muito poluído.
Nós recomendamos que haja em Angola a implementação de um linha de conduta financeira”, aconselhou. Segundo explicou, essa linha de orientação financeira, permitirá que toda as actividades dos gestores públicos viradas para a aquisição de serviços e bens sejam executadas com transparência.