A Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA – CE) deixará de ter estruturas funcionais idênticas a de um partido político. A informação foi avançada, ontem, pelo presidente da coligação, que falava à propósito do 11º aniversário de existência da então terceira maior força política do país, depois do desaire eleitoral a 24 de Agosto de 2022.
O facto resulta do acórdão do Tribunal Constitucional, dado que os resultados conseguidos atribuídos, não terem permiti- do ter qualquer assento Parlamentar, de modo que, segundo o presidente, urge a necessidade de compatibilizar o funcionamento da mesma com a presente realidade. “Com base nisso, a CASA-CE dei- xará de ter estruturas funcionais idênticas a de um partido político conforme o modelo presente e dar autonomia aos Partidos para a sua reorganização, restruturação e dinamização à altura dos desafios políticos do momento.
O modelo de funcionamento centralizado, acomoda os Partidos, refreia o foco da sua funcionalidade e belisca a responsabilidade do trabalho de casa que deve ser feito para uma Coligação robusta de facto”, salientou Manuel Fernandes. Assim sendo, reiterou, com base no respeito à soberania dos Partidos membros, estes deverão trabalhar de per si, para o seu crescimento a todos os níveis e à CASA- CE caberá exercer apenas o papel fiscalizador e de concertação periódica, deixando de ter estruturas pesadas do topo à base.
“Só assim, poder-se-á perspectivar bons resultados nas próximas eleições autárquicas e gerais em 2027, com Partidos bem organizados, querendo, poderão renovar a Coligação numa realidade diferente que se quer mais forte e pronta a contrapor todas as manobras tendentes a prejudicá-la tal como aconteceu nas últimas eleições gerais”, desabafou o político.