A Associação da Mulher Angolana (AMA) convocou, finalmente, o seu primeiro congresso ordinário a ser realizado de 28 a 30 de Novembro de 2024, para a eleição dos órgãos que irão dirigir a organização.
Falando em entrevista a este jornal, a secretária-geral da AMA, Teresa Gabriel, referiu que a comissão preparatória do congresso já está a trabalhar na criação de condições para começar a recolha de candidaturas.
Apesar de não confirmado a sua candidatura para continuar a dirigir a organização, Teresa Gabriel sublinhou que, com a realização deste primeiro congresso, a AMA pretende tornar-se numa estrutura devidamente democrática, onde as militantes poderão eleger os seus órgãos de forma responsável, convicta e democrática.
Embora não tenha sido eleita democraticamente, a responsável foi indicada para dirigir os destinos da organização, e faz parte da direcção há mais de dez anos.
“Durante o meu mandato, uma vez que a direcção do partido viveu cerca de vinte anos em conflito interno, um dos motivos que também esteve no atraso da realização do congresso da AMA, conseguimos mobilizar mais de trinta mil mulheres que ingressaram nas fileiras da organização”, disse.
Historial FNLA
Fundado em 1954, com o nome de “União das Populações do Norte de Angola” (UPNA), assumindo, em 1958, o nome de “União das Populações de Angola” (UPA). Em 1962, a UPA, ao absorver outro grupo anticolonial, o Partido Democrático de Angola (PDA), constituiu a FNLA.
A FNLA foi um dos movimentos nacionalistas angolanos durante a guerra anticolonial de 1961 a 1974, juntamente com a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
No processo de negociação da descolonização de Angola, em 1974/1975, bem como na Guerra Civil Angolana de 1975 a 2002, combateu o MPLA ao lado da UNITA.
Desde 1991, a importância política do partido tem vindo a diminuir drasticamente, em função dos seus fracos resultados nas eleições legislativas desde 1992. Desde o último congresso, que elegeu Nime-A-Simbi como presidente, o partido tem vindo a trabalhar no sentido de recuperar a coesão interna e o prestígio na arena política angolana.