A vice-governadora para o sector político, económico e social, Cátia Cachuco, sublinhou, depois de ter reunido com os parceiros do Reino Unido, que, no contexto do corredor do Lobito, as autoridades locais estão empenhadas na captação de investimentos. Nesta perspectiva, realça, tudo que venha com o fim último de revitalizar a economia local e, por conseguinte, a nacional considera-se uma mais-valia.
“A delegação que está cá hoje veio exactamente para identificar projectos que o Governo Provincial já tenha para proceder o que é necessário para que os investimentos venham”, refere. Cachuco aponta, neste sentido, a agricultura, pescas e turismo como sendo as áreas identificadas para possíveis investimentos na província.
“Esses são investimentos de médio e longo prazo. Tudo o que se começa agora tem o seu tempo para a instalação, maturação até começar a ter os resultados dos investimentos. Todo e qualquer investimento é sinônimo de emprego”, sustentou, em declarações à imprensa, à saída da audiência com responsáveis da agência.
O Governo do Reino Unido diz ter à disposição pouco mais de 400 milhões de libras (correspondente a mais de 400 mil milhões de kwanzas) para investir em áreas estratégicas. O presidente do Conselho de Administração da Agência de Crédito à Exportação do Reino Unido, conhecida como UK Export Finance (UKEF, na sigla inglesa), Tim Reid, dá conta da existência de projectos referentes à prevenção de estragos causados pelas águas pluviais, para além de saneamento básico.
O homem de negócio manifesta-se satisfeito com o facto de o reino estar em Angola na instalação de muitas infra-estruturas com pendor social, com o fito de «auxiliar» as autoridades a desenvolver o país.
“Numa primeira instância, nós estamos aqui para ver, junto com o Governo da Província de Benguela como poderemos envolver-nos nestes sectores, através do financiamento do Reino Unido”, declara, ao acrescentar que a Angola é um dos principais destinos da Agência de Crédito do Reino Unido, e há um valor global para o país, embora não os tenha revelado.
Porém, em relação a Benguela, que deve receber parte considerável do investimento, diz haver uma carteira de projectos à volta dos 400 milhões de libras.