O grau de execução das obras do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), nas províncias do Zaire e Malanje ainda não satisfazem os governadores provinciais, estando a obrigar a criação de comissões multissectoriais para garantir a conclusão dos projectos até ao final do presente ano
Na província do Zaire, capital do antigo reino do Kongo, o governador André Mendes de Carvalho criou uma comissão multissectorial encabeçada pela vice-governadora para o Sector Técnico e Infra-estruturas para acompanhar a evolução das empreitadas. O governante mostra-se insatisfeito com o ritmo que está a ser empreendido pelas empresas a que foram adjudicadas a construção das várias infra-estruturas sociais, referindo que as percentagens de execução física das obras estão aquém das espectativas.
Para dar maior dinamismo aos projectos, que considera de capital importância para as populações, André Mendes de Carvalho ordenou à comissão ora criada o acompanhamento “milimétrico” dessas obras no sentido de se atingir as metas desejadas até aos meses de Junho e Julho. “Temos que atingir as cifras dos 60 e 70 por cento, para ver se até ao final do ano conseguimos chegar a uma meta amável, que vá parar até aos 95%. Por isso, nomeamos esta comissão, que vai reportar de 21 em 21 dias sobre o andamento dos trabalhos”, disse.
Cacuso tem apenas um projecto executado dos dez inscritos na carteira Piim
O município de Cacuso, na província de Malanje, tem apenas um projecto já executado até ao momento, entre os 10 inscritos na carteira do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). A administradora municipal, Joana Tavares de Matos, explica que houve algumas contradições entre a administração e as empresas por conta das alterações dos projectos. “Daí que até agora só temos um único projecto executado”, referiu.
O empreiteiro Manuel Neto, cuja empresa está a erguer o hospital municipal de Cambundi Catembo, obra iniciada em 2020, e que se esperava terminar no ano seguinte, diz que os trabalhos estão paralisados por alegada falta de pagamento por parte do dono da obra. E por supostas incapacidades técnicas, há empresas com uma boa execução financeira, mas no terreno o trabalho deixa os responsáveis da província a desejar. É o caso, por exemplo, do município de Massango, em que o administrador Luís João José teve que levar o caso às autoridades judiciais.