Os antigos guerrilheiros, reunidos durante dois dias, recomendaram em comunicado que sejam recenseados, permitindo-lhes obter a reforma militar para a organização e criação de cooperativas agrícolas e pesqueiras.
POR: Iracelma Kaliengue
O 3º Conselho Consultivo da Associação dos Antigos Combatentes da Frente Nacional de Libertação de Angola (AAC/FNLA) concluiu ser urgente o contacto estreito entre os delegados provinciais e entidades locais, para garantir o recenseamento dos associados junto do Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria com frequência e sem contratempos Em comunicado, recomendam como prioridade o recenseamento dos associados para a obtenção da reforma militar e com isso permitir a organização e criação de cooperativas agrícolas e pesqueiras.
O comunicado aponta ainda para a carência de meios de trabalho, acesso à Saúde e dificuldades na aquisição de terrenos. Apelam por este motivo aos esforços dos antigos combatentes que não possuem Bilhete de Identidade a resolverem a situação para que possam posteriormente formalizar os processos junto do Ministério de tutela. Segundo o documento, no encontro foi constituída uma comissão encarregue de preparar a terceira assembleia-geral da organização, prevista para 18 de Agosto próximo, data que marca também as comemorações do 17º aniversário da agremiação e do 56º aniversário da fundação do antigo braço armando da FNLA, o ex-ELNA.
Outro assunto também tratado no certame prende-se com a cobrança de emolumentos com disparidade, aquando da adesão aos processos no ministério, tendo ficado neste encontro resolvido e uniformizado. Ficou assente ainda que, caso o MACVP não se pronuncie dentro de 15 dias sobre a apreensão das máquinas agrícolas pelo SIC em Malanje, a AAC/FNLA deverá mover um recurso junto do Ministério Público. Pediram ainda a manutenção da campa onde repousa o fundador da FNLA, Álvaro Holden Roberto, para tal foi aberta uma conta bancária no Banco de Fomento de Angola em nome da AAC/FNLA para angariar contribuições voluntárias para a agremiação. A AAC/FNLA controla 17 mil 352 associados, dos quais três mil 750 beneficiam de pensão e o restante aguarda pela conclusão do processo.