O Presidente da República, João Lourenço, disse, nesta Sexta-feira, em Beijing, que Angola gostaria de ver a possibilidade de financiamento do projecto de construção do Metro de Superfície, por uma empresa chinesa, para ligar Cacuaco ao Benfica, passando pela Baixa de Luanda.
Segundo o Presidente, Luanda está com uma população estimada em 12 milhões de habitantes e, como era de esperar, com graves problemas de mobilidade urbana.
“Qualquer um destes dois projectos, digamos civis, é autossustentado, não constituindo, por isso, qualquer constrangimento no seu reembolso e no serviço da dívida do país”, disse.
Sublinhou que os angolanos estão bastante agradecidos “por toda a compreensão e abertura que encontrámos da parte das autoridades governamentais, bancos e instituições de crédito, assim como de muitas empresas empreiteiras e investidoras com quem tiveram já a oportunidade de trabalhar durante a missão em Beijing”.
Por outro lado, disse, segundo a Angop, que as relações entre os dois países remontam há 41 anos, e desde então elas vêm crescendo e fortalecendo-se, embora reconheça existir ainda um grande potencial por se explorar, sobretudo num momento em que Angola realiza um conjunto de reformas que têm vindo a melhorar o ambiente de negócios ajustando-o às boas práticas internacionais.
Gratidão ao Estado Chinês
Realçou que esta sua visita de Estado à China tem como objectivo, entre outros, o de agradecer todo o apoio prestado a Angola pela China nos momentos mais difíceis, em particular nos anos imediatos ao fim do longo e destruidor conflito armado.
Segundo João Lourenço, foram momentos em que Angola necessitava de recursos financeiros para reconstruir o país e as suas infra-estruturas principais, quando o país encontrou “apenas na China a mão solidária que se disponibilizou a abrir uma linha de financiamento de grande dimensão”.
Sustentou que, com essa ajuda, foi dado o impulso principal na reconstrução de estradas, pontes, caminhos de ferro, portos e aeroportos, assim como na construção de raiz das maiores infra-estruturas, como o Aeroporto Internacional Agostinho Neto, já concluído, assim como a barragem hidroeléctrica de Caculo Cabaça e o Porto do Caio, em Cabinda, ambas ainda em fase de construção, cujas obras gostaria de ver concluídas dentro dos prazos acordados.