Angola melhorou cinco lugares no Índice de Percepção da Corrupção, segundo o relatório de 2023 da Organização Não Governamental Transparência Internacional, divulgado essa Terça-feira
De acordo com o documento a que a ANGOP teve acesso, Angola melhorou 14 pontos desde 2019, fixando-se no 121º lugar entre 180 países e territórios e, na região da África subsaariana, no 21º entre os 49 países considerados.
Destaca que o país adoptou medidas anti-corrupção, que aplicou “de forma consistente”, para recuperar bens roubados e responsabilizar abertamente os alegados autores através dos sistemas judiciais nacionais.
“Angola fixou uma estratégia anti-corrupção para o período de 2018-2022 e estes esforços, juntamente com outras reformas judiciais, conduziram à recuperação de 3,3 mil milhões de dólares em activos pelo Fundo Soberano”, lê-se no documento.
Sublinha que a investigação e a acção penal contra altos funcionários culminou também na recuperação de cerca de 7 mil milhões de dólares em activos financeiros e tangíveis. Em relação aos restantes Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Moçambique desceu cinco lugares e é o 35º Estado mais corrupto entre os 49 países considerados da África subsaariana.
Moçambique passou para 147º, entre 180 países e territórios, alcançando 25 pontos numa escala dos zero aos 100. São Tomé e Príncipe desceu três lugares e é, entre os 49 Estados considerados, o 7º país menos corrupto da África subsaariana.
A edição deste ano mostra que São Tomé e Príncipe passou para a 68ª posição, entre 180, alcançando 45 pontos.
A Guiné-Bissau subiu um lugar e é o 40º país mais corrupto entre os 49 países da África subsaariana. No índice global, o país subiu para 160º – entre 180 países e territórios, alcançando 22 pontos.
Já Cabo Verde é o segundo país menos corrupto da África subsaariana – depois das Seychelles – e o 30º entre os 180 Estados e territórios considerados no relatório.
Com 64 pontos, o documento destaca que Cabo Verde aprovou, recentemente, uma lei que cria uma plataforma electrónica para os operadores judiciários, “a fim de reduzir atrasos e processos pendentes”.
O Índice de Percepção da Corrupção é divulgado a cada ano, desde 1995, pela organização não governamental Transparência Internacional e tem sido uma referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da percepção de especialistas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no sector público.