Para Angola, a guerra na Europa apresenta-se como uma séria ameaça à paz e a segurança internacional, tendo causado graves consequências econômicas mundiais conducentes ao ressurgimento de uma nova dualidade ideológica no mundo
Desde o início da actual guerra que opõe a Federação Russa à República da Ucrânia, a Angola tem manifestado, constantemente, a sua preocupação não só pelas inúmeras baixas humanas e a destruição de infraestruturas do património ucraniano que o conflito tem provocado, mas também pelos milhares de deslocados e refugiados que tem causado em pro- porções jamais vistas desde a segunda guerra mundial, refere um comunicado do ministério das Relações Exteriores, tornado público ontem. grama anual de educação e cidadania fiscal o número de contribuintes representa sete regiões do país.
Recordou que os tributos servem para custear tanto a máquina estatal quanto os serviços públicos, como saúde, educação e segurança, ou seja, eles incidem sobre três bases, o consumo, a renda e o património dos cidadãos e das empresas, segundo a Angop. “Nós temos o número representativo por região que muito dificilmente conseguimos obter declarações dentro de um prazo, daí nunca atingimos os 50 por cento dos contribuintes cadastrados.
O documento, a que OPAIS teve acesso, indica que, a guerra na Europa apresenta-se, igualmente, como uma séria ameaça à paz e a segurança internacional, tendo causado graves consequências econômicas mundiais conducentes ao ressurgimento de uma nova dualidade ideológica no mundo. Com efeito, prossegue a nota, to- das as Nações do mundo são consideradas vítimas de maneira variável deste conflito, sendo que “nos preocupa sobremaneira a degradação exponencial da situação no terreno das operações, nomeada- mente, com a utilização de meios técnicos cada vez mais bélicos, particularidade que poderá conduzir a um maior envolvimento no conflito por parte dos diferentes parceiros e o seu consequente alastramento em terceira guerra mundial”.
Entretanto, perante esta situação e na qualidade de actor internacional comprometido, Angola mantém a sua posição de princípio, reiterando o seu apelo pela cessação incondicional das hostilidades pelos beligerantes, priorizado sempre a via pacífica para a resolução desta crise. Na mesma senda, lê-se no documento, Angola reafirma a sua plena subscrição ao princípio de “não indiferença contido no Acto Constitutivo da União Africana e reforçado pelo princípio de “Responsabilidade de Proteger, adoptado em Sede das Nações Unidas pela Cimeira de 2005. Amizade com a Rússia e Ucrânia
O documento atesta ainda que, todavia, desde os primórdios da luta pela independência nacional de Angola, incluindo durante o período do conflito armado, o povo russo manifestou sempre a sua amizade e solidariedade para com o povo angolano. “Hoje em dia, a República de Angola e a Federação Russa mantêm fortes laços de amizade que sustentam uma relação de cooperação estreita, dinâmica e multiforme a todos os níveis”, lê-se na nota que temos vindo fazer referência.
Por outro lado, o documento esclarece que a Ucrânia é, igualmente, um importante parceiro com quem a Angola mantém boas relações diplomáticas e de cooperação. “Assim sendo, com base nesses elementos que nos colocam, fundamentalmente, numa posição de equidistância, encorajamos as autoridades russas a dar mais chance ao regaste do merecido estatuto e prestigio da Rússia perante a história, estabelecendo um cessar-fogo definitivo, enquanto condição indispensável para a construção de uma paz solida e duradoura neste conflito”, conclui a nota.