O executivo está representado através do Ministério do Interior, com uma delegação na África do Sul, onde de entre outros assuntos, os dois Estados reforçam os laços de cooperação em matéria de segurança e ordem pública, assente num instrumento jurídico assinado em Novembro de 2017
durante a sua comunicação à congénere sul- africana, o ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, salientou que a estada naquele país resulta da materialização dos entendimentos alcança- dos durante a reunião que ambos mantiveram na cidade de Viena- Áustria, no dia 30 de Novembro de 2023, à margem da 91.° Assembleia Geral da Interpol.
Daí que a deslocação à África do Sul objectiva estreitar e redinamizar as relações existentes entre os dois povos e governos, com vista a desenvolver uma cooperação mutuamente vantajosa para os dois Estados, em matéria de segurança e ordem pública.
O ministro disse, por isso, ser imperioso o reforço das relações de cooperação em vários domínios, no âmbito da actividade policial, designadamente, da investigação criminal, intercâmbio de informações, formação de quadros, combate à criminalidade transnacional organizada, com realce para o terrorismo, tráfico de seres e órgãos humanos, de drogas, de diamantes e outras pedras preciosas, espécies da fauna e da flora, furto e/ou roubo de viaturas, assim como a imigração ilegal.
Eugénio Laborinho recordou que esse manifesto advém da assinatura a 24 de Novembro de 2017, em Pretória, entre o Ministério do Interior da República de Angola e o Departamento de Polícia da República da África do Sul, de um importante instrumento jurídico, que representou um pilar no quadro das relações entre ambos os países.
“O referido protocolo veio abrir uma nova era na cooperação e conferir um novo ímpeto nas relações entre os Ministérios congéneres, que se pretendem cada vez mais vigorosas e sustentáveis”, manifestou o ministro, para quem a dinâmica do mundo actual e a crescente internacionalização dos fenómenos criminais, impõem a necessidade em se agir em conjunto e de forma coordenada, com vista à protecção de interesses que se afiguram comuns. O ministro do Interior aprovei- tou para agradecer o acolhimento caloroso e fraternal proporcionado naquela cidade de Pretória e reiterou o interesse no aprofundamento dos tradicionais laços de amizade existentes entre os dois povos e governos.
“Entre as Repúblicas de Angola e da África do Sul, existem fortes laços históricos, bem como uma forte identidade. Os supracitados laços remontam aos primórdios da nossa independência”, ressaltou. Por outro lado, lembrou que a dedicação com que se debateram os líderes dos dois países, pelas grandes causas e objectivos da linha da frente, da SADC, da União Africana, assim como na conjugação de acções tendentes a estabilizar a África Austral. “Não é demais referir que, logo após a sua independência, a República de Angola definiu como prioridade da sua política externa o auxílio à luta para a libertação dos povos e territórios oprimi- dos e sob dominação política, económica e social na África Austral”, referenciou.