Admitida como membro da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1976, Angola, na voz da secretária de Estado para Relações Exteriores, Esmeralda da Silva Mendoça, reafirmou ontem, 30, que o país vai continuar a respeitar os valores da organização, que passa pela paz mundial, respeito pelos direitos humanos e desenvolvimento sustentável
Por ocasião do Dia das Nações Unidas, que é celebrado em todo mundo no dia 24 de Outubro, data em que cerca de 50 países assinaram a carta de compromisso com a paz mundial, respeito aos direitos humanos e desenvolvimento sustentável, Angola reafirmou primar pelos valores que norteiam a essência da organização.
Por essa razão, Luanda realizou o acto de celebração dos 78 anos de existência da Organização das Nações Unidas, um pouco mais tarde, justificado pela realização de 23 a 27 de Outubro, da Assembleia Geral da União Interparlamentar (UIP).
A secretária de Estado para Relações Exteriores, além de reafirmar o compromisso de Angola com os valores da ONU, reconheceu o empenho dos funcionários desta organização mundial: “fornece vacinas para quase metade das crianças do mundo e protege todos os dias mais de 100 milhões de pessoas que fogem da guerra e perseguição”.
Para Angola, segundo a secretária de Estado do MIREX, Esmeralda da Silva Mendoça, o 78.º aniversário da ONU acontece num momento em que o mundo enfrenta desafios difíceis, que, segundo disse, “tem posto à prova à resiliência da ONU”.
O conflito na Europa e no Médio Oriente, que opõe o Estado de Israel ao Hamas, são apenas alguns exemplos. Mas, segundo sublinhou Esmerlda Mendoça, Angola está sempre ao lado da paz mundial.
Na cerimónia de ontem, que juntou diplomatas acreditados em Angola e outras entidades, a coordenadora residente das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani, na sua comunicação fez referência aos conflitos que por essa altura o mundo regista, longe dos valores que configuram a organização.
“Enquanto falamos de bombas e balas, crianças morrem. Uma criança inocente perde a vida seja na Ucrânia, Israel, Palestina ou no Sudão do Sul, por causa do ódio, da ganância política”, lamentou a representante da ONU em Angola.
A representante da ONU reconheceu o papel de Angola na pacificação mundial e manifestou o desejo do sistema das Nações Unidas em continuar a cooperar com Angola.
EUA defendem a paz
Por sua vez, o embaixador dos Estados Unidos em Angola, Tulinabo Salama Mushingi, em declarações a jornal, disse que a paz mundial é o que o seu país sempre defendeu desde a história da sua criação, salientando que esta ideia deve ser concretizada com ideias coordenadas de todos os países.
No dia 24 deste mês, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestouse preocupado com os conflitos que o mundo vive. Guterres defendeu a paz mundial e o respeito pelos direitos humanos, que, no entanto, alguns países-membros violam a carta.