Quarenta procuradores da República, das 18 províncias, terminaram, ontem, 31, em Luanda uma sessão formativa, em matéria de combate ao branqueamento de capitais, uma iniciativa sob a égide da procuradoria-Geral da República (pGr) e seus parceiros, união Europeia e a Organização das Nações unidas sobre Crimes e Drogas (ONUDC)
Em termos de combate ao branqueamento de capitais, ou lavagem de dinheiro, Angola tem insuficiências por suprir, com base na última avaliação do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI). Caso não as suprimir pode levar o país à “lista cinzenta”.
Na Segunda-feira, à margem da abertura da sessão formativa, que durou três dias, o director nacional da Acção Penal da PGR, que também responde pelas questões de branqueamento de capitais, mostrou-se optimista de que na próxima avaliação, prevista para Julho, deste ano, Angola vai passar sem reservas.
De acordo com Pedro Mendes de Carvalho, uma das recomendações é a capacitação dos técnicos que trabalham na matéria. Segundo disse, neste sentido “Angola está a trabalhar e estamos optimistas que vamos passar na próxima avaliação”, manifestou. Analistas consideram que Angola não tem sido capaz de identificar as instituições que alimentam o branqueamento de capitais no país para, assim, combater a corrupção.
A vice-procuradora da República, Inocência Pinto, por sua vez, entende que os agentes do crime têm cada vez mais se sofisticado, daí a necessidade da formação constante. Alguns magistrados que preferirem falar sob anonimato, devido à disciplina da acção formativa, em circuito fechado, disseram que saíram mais preparados, pois, além dos temas ministrados pelos formadores, o momento ser- viu para troca de experiência com colegas de diferentes províncias.