Ao falar na 76.ª Sessão Executiva do Conselho de Comércio e Desenvolvimento (TDB sigla em inglês) que decorre, de 31 de Outubro a 1 de Novembro, em Genebra, Suíça, com foco na “Contribuição do Comércio e Desenvolvimento da ONU (CNUCED) para a implementação do Programa de Acção de Doha para os Países Menos
Avançados”, a embaixadora e Representante Permanente da República de Angola junto da ONU e outras Organizações Internacionais em Genebra, Margarida Izata, disse que Angola apoia as recomendações políticas da CNUCED ao Conselho de Comércio e Desenvolvimento, com destaque para a necessidade de um aumento significativo do apoio aos PMA, a fim de enfrentarem os desafios das recentes crises em cascata e alcançarem progressos no sentido da realização das muitas do Programa de Acção de Doha e dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
De acordo com a diplomata, são necessárias subvenções, empréstimos concessionais e, em última análise, um mecanismo multilateral de resolução da dívida, que seja transparente justo e responda às necessidades dos Países Menos Avançados – PMA.
“Neste contexto, um programa de reformas sérias da Arquitectura Financeira Internacional será um factor essencial para facilitar o crescimento e o desenvolvimento inclusivos nos nossos países”, afirmou.
Alertou, por outro lado, que mais de metade da população dos países menos avançados vive em países que dedicam uma grande par- te dos seus recursos financeiros ao pagamento de juros da dívida pública do que ao financiamento do sector social, em particular a saúde e a educação.
“O reduzido espaço orçamental enfraquece a capacidade dos Países Menos Avançados para atenuar os impactos dos choques externos e reforçar a sua capacidade de resistência, constituindo um obstáculo fundamental à realização dos objectivos do Programa de Acção de Doha.
Assim, as necessidades, vulnerabilidades e fraquezas estruturais dos PMAs devem ser abordadas com a máxima prioridade”, disse.
Por outro lado, a diplomata agradeceu a todos os parceiros que apostam no desenvolvimento de Angola, incluindo a CNUCED, União Europeia e a China, pelo apoio inabalável que têm dado ao país através de um pacote abrangente de assistência técnica e financeira que visa melhorar as capacidades humanas e institucionais, com vista a promover uma política de diversificação económica adequada contribuindo para construir o crescimento económico mais resiliente e sustentável do país.