O evento contou com a presença de autoridades da República Democrática do Congo (RDC) e do Ruanda, incluindo a ministra de Estado e ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Francofonia da RDC, Thérèse Kayikwamba Wagner, e o ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional do Ruanda, embaixador Olivier J.P. Nduhungirehe.
Estrutura tripartida e mandato Liderado por Angola como país facilitador, o Mecanismo de Verificação Ad-Hoc Reforçado inclui 24 peritos: 18 angolanos, três da RDC e três do Ruanda. A missão do mecanismo é promover a criação de um ambiente de confiança entre a RDC e o Ruanda, bem como entre as comunidades fronteiriças, com o objectivo de estabelecer relações harmoniosas e estáveis na região.
O mecanismo terá como prioridade a rápida instalação de todos os seus membros para que possam iniciar de forma operacional a monitorização do cessar-fogo, essencial para a estabilidade local.
A supervisão do Plano Harmonizado de Neutralização das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR) e a retirada das forças ruandesas defensivas também fazem parte do mandato, seguindo orientações do Conceito de Operações (CONOPS), que será discutido numa reunião ministerial agendada para 16 deste mês, em Luanda.
Compromisso internacional para a paz
A cerimónia foi acompanhada por altas figuras angolanas e dos países vizinhos, incluindo o general João Pereira Massano, director dos Serviços de Inteligência e Segurança Militar de Angola (SISM), os embaixadores Matias Bertino Matondo, director-geral dos Serviços de Inteligência Externa (SIE), e Jorge Cardoso, director para África, Médio Oriente e Organizações Regionais do Ministério das Relações Exteriores de Angola.
Esteve também presente no encontro o tenente-general Nassone João, chefe do Mecanismo de Verifica- ção Ad-Hoc Reforçado. Esta iniciativa representa mais um passo no compromisso de Angola e dos países da região dos Grandes Lagos em encontrar uma solução duradoura para os conflitos que assolam o Kivu-Norte, no leste da RDC.
Angola, com o seu papel de liderança neste mecanismo, reafirma o seu compromisso com a paz e a estabilidade regional, promovendo um diálogo que construa um futuro mais seguro e cooperativo para as nações envolvidas.