As perspectivas para o futuro da cooperação entre Angola e a China nas vertentes económica, do comércio, da energia, da diplomacia e das infra-estruturas estiveram em análise ontem, quarta-feira, numa audiência que o Presidente da República, João Lourenço, concedeu ao embaixador chinês em Angola, Zhang Bin.
Ao reportar à imprensa os aspectos abordados na audiência, o diplomata chinês informou que o fortalecimento das relações bilaterais, os planos para o futuro da cooperação e o trabalho em curso no país, nos projectos de impacto social, no quadro da parceria estratégica entre os dois países, estiveram em análise.
“As relações entre a China e a Angola continuam no bom caminho e vamos explorar e reforçar ainda mais as nossas pragmáticas relações, especial- mente nas áreas económicas e comerciais”, afirmou Zhang Bin, anunciando que para o futuro estão previstos a promoção de grandes projectos e maiores investimentos.
Instado sobre as obras a cargo de empresas chinesas, com referência para a construção do Porto do Caio, na província de Cabinda, e da Barragem Hidroeléctrica de Caculo Cabaça, no Cuanza Norte, comentou que decorrem sem qualquer constrangimento de ordem financeira.
Porto do Caio
Localizado na província de Cabinda, norte do país, é um projecto estratégico de infra-estrutura em Angola, destinado a impulsionar o desenvolvimento económico daquela região. Este Porto de águas profundas está projectado para receber simultaneamente dois navios de longo curso e grande calado, cada um com capacidade para transportar até 5.000 contentores de 20 pés.Além disso, contará com uma zona franca destinada a atrair investidores e fomentar o crescimento económico local.
Barragem de Caculo Cabaça
A Barragem é um projecto hidro- eléctrico em construção no rio Cuanza, entre as províncias de Cuanza Norte e Cuanza Sul, com capacidade instalada prevista de 2.172 megawatts, e será a maior usina hidroeléctrica do país, superando a Barragem de Laúca.